terça-feira, 30 de novembro de 2010

O presidente é o Lula

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) está sendo criticada “por andar sumida há quase um mês”. E, principalmente, por estar o “Rio de Janeiro pegando fogo” e Dilma não ter falado nada a respeito, a não ser através de uma mensagem enviada pelo Twitter para o governador Sérgio Cabral (PMDB): “Estamos juntos nessa”.

As críticas não procedem. Afinal, o País não está acéfalo. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda é o presidente da República. É ele que tem a autoridade suprema do Estado.

Pela Constituição brasileira, é prerrogativa do presidente da República, entre outras coisas, exercer a chefia suprema das Forças Armadas da União, administrando-as por intermédio dos órgãos do alto comando. E isso foi feito.

O presidente Lula, tão logo recebeu o pedido de socorro de Sérgio Cabral, acionou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, autorizando a imediata mobilização das Forças Armadas. Tudo foi feito de acordo com a lei, por ordem expressa do chefe do Poder, o presidente da República.

Como se vê, é pura ingenuidade exigir que a futura presidente se meta a dar ordens no atual governo, simplesmente porque ela ainda não tem autoridade para isso. O que a presidente eleita pode fazer é conversar com o governador carioca, sobre o futuro da operação contra os traficantes.

Ontem, à noite, ela se reuniu com Cabral, para tratar das operações de ocupação de morros e o combate a traficantes no estado a partir de 2011. O encontro foi realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição.

Dilma disse a Cabral que considerava positiva a parceria entre o governo do Estado e o governo federal, visando a acabar com o tráfico de drogas no conjunto de favelas do Complexo do Alemão, no fim de semana.

No momento, é o que dona Dilma pode fazer. Sua grande preocupação atual é formar o ministério. Para isso, ela dedica todo o tempo na articulação política com os diversos partidos que a apoiaram.

A presidente precisa de uma base de sustentação sólida, no Congressol. Só assim, poderá atravessar seu tempo na presidência sem fortes turbulências.

Transição

O secretário da Transparência e da Probidade Administrativa e coordenador do grupo de transição do governo do Estado, Francisco Luçardo, e o secretário da Agricultura, Gilmar Tietböhl, reuniram-se ontem com nomes que irão integrar a gestão do governador eleito Tarso Genro (PT). Estiveram no encontro os futuros titulares do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Ivar Pavan (PT), da Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marcel Frison (PT), e de Obras Públicas e Irrigação, Luis Carlos Busato (PTB). O grupo discutiu estiagem e ações para enfrentar problemas climáticos.