O IBGE divulgou hoje de manhã que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de março fechou em 0,52%, abaixo da taxa de 0,78% registrada em fevereiro. Com esse resultado, o acumulado do primeiro trimestre do ano está em 2,06%, acima do percentual verificado no mesmo período de 2009 (1,23%). É quase metade da inflação prevista para este ano, já que o centro da meta está em 4,50%. Levando em conta os últimos doze meses, o índice já registra alta de 5,17%.
Segundo o IBGE, a redução no IPCA pode ser explicada pela ausência do efeito sazonal do grupo educação, que concentrou alta de 4,53% em fevereiro, caindo para 0,54% em março.
Por outro lado, os preços dos alimentos continuaram subindo, passando de 0,96% para 1,55%. Nos primeiros três meses do ano, esse grupo já registra alta de 3,69%. Alimentação e bebidas, de acordo com o IBGE, ficou com a fatia de 0,35 ponto percentual do índice, sendo responsável por 67% do resultado.
- O tomate, cuja produção vem sendo prejudicada pelo calor e chuvas fortes, ficou 42,95% mais caro e liderou as principais contribuições com 0,08 ponto percentual. Grande parte dos alimentos teve seu preço majorado de um mês para o outro, alguns deles também prejudicados pelo clima, a exemplo da batata-inglesa, cujos preços subiram 8,44% - diz a nota do IBGE.
Já os combustíveis apresentaram resultados em queda, passando de 1,14%, em fevereiro, para -2,51% em março. O litro da gasolina (de 0,97% para -1,95%) ficou mais barato, influenciado pela forte redução nos preços do álcool (de 3,21%, em fevereiro, para -8,87% em março).
- De um mês para o outro, o resultado dos combustíveis foi influenciado pela redução temporária da alíquota da CIDE, com consequente redução de incidência do ICMS, e pela redução de 25% para 20% de álcool anidro na composição da gasolina - informa o institut