terça-feira, 30 de novembro de 2010

O presidente é o Lula

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) está sendo criticada “por andar sumida há quase um mês”. E, principalmente, por estar o “Rio de Janeiro pegando fogo” e Dilma não ter falado nada a respeito, a não ser através de uma mensagem enviada pelo Twitter para o governador Sérgio Cabral (PMDB): “Estamos juntos nessa”.

As críticas não procedem. Afinal, o País não está acéfalo. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda é o presidente da República. É ele que tem a autoridade suprema do Estado.

Pela Constituição brasileira, é prerrogativa do presidente da República, entre outras coisas, exercer a chefia suprema das Forças Armadas da União, administrando-as por intermédio dos órgãos do alto comando. E isso foi feito.

O presidente Lula, tão logo recebeu o pedido de socorro de Sérgio Cabral, acionou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, autorizando a imediata mobilização das Forças Armadas. Tudo foi feito de acordo com a lei, por ordem expressa do chefe do Poder, o presidente da República.

Como se vê, é pura ingenuidade exigir que a futura presidente se meta a dar ordens no atual governo, simplesmente porque ela ainda não tem autoridade para isso. O que a presidente eleita pode fazer é conversar com o governador carioca, sobre o futuro da operação contra os traficantes.

Ontem, à noite, ela se reuniu com Cabral, para tratar das operações de ocupação de morros e o combate a traficantes no estado a partir de 2011. O encontro foi realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição.

Dilma disse a Cabral que considerava positiva a parceria entre o governo do Estado e o governo federal, visando a acabar com o tráfico de drogas no conjunto de favelas do Complexo do Alemão, no fim de semana.

No momento, é o que dona Dilma pode fazer. Sua grande preocupação atual é formar o ministério. Para isso, ela dedica todo o tempo na articulação política com os diversos partidos que a apoiaram.

A presidente precisa de uma base de sustentação sólida, no Congressol. Só assim, poderá atravessar seu tempo na presidência sem fortes turbulências.

Transição

O secretário da Transparência e da Probidade Administrativa e coordenador do grupo de transição do governo do Estado, Francisco Luçardo, e o secretário da Agricultura, Gilmar Tietböhl, reuniram-se ontem com nomes que irão integrar a gestão do governador eleito Tarso Genro (PT). Estiveram no encontro os futuros titulares do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Ivar Pavan (PT), da Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano, Marcel Frison (PT), e de Obras Públicas e Irrigação, Luis Carlos Busato (PTB). O grupo discutiu estiagem e ações para enfrentar problemas climáticos.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

HÁ UM CHEIRO DE MUDANÇA NO AR

A sociedade brasileira nos surpreende com suas manifestações legítimas e apoiadas em determinados sentimentos coletivos que vez por outra se consolidam e mostram a sua cara. Tanto em um processo eleitoral como o de outubro quando uma parcela da população escancarou que há um processo de despolitização na política, como em comportamentos relacionados ao meio ambiente. No caso da eleição a sociedade preferiu debater outros assuntos que não um projeto político para o país, e encontrou no voto ao palhaço Tiririca uma forma de protestar contra os políticos que ela mesmo elege. O Congresso está cada vez mais parecido com a Assembléia de 1934, quando se procurava eleger por categoria profissional, e assim se votava em um marceneiro, advogado, metalúrgico, gráfico. Nesta lista o eleitor acrescentou um palhaço, por que não?

A pesquisa Sustentabilidade Aqui e Agora desenvolvida pelo ministério do Meio Ambiente e o Supermercado Wal Mart constatou que 59% da população brasileira acha que o meio ambiente é mais importante do que o crescimento econômico. Uma atitude surpreendente da sociedade brasileira, o que deve nortear presidente, governadores, prefeitos e parlamentares em geral.. Depois dessa pesquisa os deputados que querem enfiar goela abaixo do pais a reforma do Código Florestal devem pensar melhor antes de fazer, mesmo que alguns tenham que explicar aos setores do agro negócio, que investiram um dinheirão no financiamento da campanha deles. O povo pensa. Proibir o uso das diabólicas sacolinhas de plástico de supermercados, farmácias, padarias, e outros estabelecimentos é repudiado por 60 por cento da população. Veja que resultado incrível em um país que consome bilhões de sacolinhas por ano. A limpeza pública é o principal problema para 40 por cento dos entrevistados, e isso é compreensível porque quase 80% da população mora nas cidades e não na Amazônia, cerrado, ou Mata Atlântica.

Políticos de uma maneira geral vão ter que calibrar os seus discursos daqui para frente se quiserem votos, e essa pesquisa é um dos indicadores dos 20 milhões de votos que a senadora verde Marina Silva obteve no primeiro turno das eleições presidenciais. Segundo a pesquisa,. enquanto o Canadá recicla quase 90 por cento do lixo que produz o Brasil está com menos de 30 por cento. Falta cidadania e ação do poder público. As organizações da sociedade civil precisam se engajar em uma grande campanha educativa para a separação do lixo doméstico e os país devem acompanhar as lições que seus filhos aprenderam na escola. Aproximadamente 82% se dispoem a participar de abaixo assinados mas sem atuar diretamente em ações ambientais. É verdade que ainda 40% da população ainda joga o óleo de cozinhar na pia. Sem dúvida os resultados da pesquisa são otimistas e dão um indício que a sociedade está mudando em favor do meio ambiente. As pessoas mais cultas, nobres, tituladas, reconhecidas, com gordas contas bancárias, cheias de medalhas e diplomas de honra ao mérito, que freqüentam os clubes mais famosos, participam de jantares selecionadíssimos deveriam se espelhar nos mais antigos e titulados monges zen budistas.São eles que graças a sua honorabilidade e admiraibilidade têm o direito de limpar as latrinas. Os honoráveis da nossa sociedade podem começar separando o lixo em casa.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Green cresce 58%

A soma de talentos dos publicitários Caco Baptista e Paulinho Silva fez surgir em um período de pouco mais de um ano a forte e diferenciada Agência Green Propaganda. Com uma carteira de clientes expressiva, a Green inaugurou neste mês sua nova sede, na avenida Cristóvão Colombo, 2.240, conjunto 201, em Porto Alegre, e deverá fechar 2010, com um crescimento de 58% nos negócios.

A empresa inicia agora a fase de prospecção de novos clientes. Baptista, sócio-diretor e diretor de Atendimento, diz que as projeções de crescimento para 2011 são otimistas e prevê algo ao redor dos 40%. O publicitário explica que o diferencial da Green é a imersão total nos negócios de seus clientes. “Procuramos conhecer realmente a natureza dos negócios e a partir de uma análise criteriosa, indicar as melhores estratégias publicitárias a serem seguidas”.

A Green, de acordo com Baptista, apresenta uma mescla de jovens talentos e experientes profissionais que trabalham em sintonia. Ele explica que, deste modo, a agência ingressa em uma simbiose, formando um universo consistente e ao mesmo tempo inovador. Baptista lembra que a Green foi criada a partir da soma de conhecimentos, destacando a experiência de mais de 29 anos de seu sócio, aliado a sua bagagem de mais de 15 anos de atividades no mercado publicitário.

Silva também reforça o fato de existir a valorização das pessoas e lembra que na Green, nos diversos setores, trabalham jovens talentos e experientes publicitários. Também lembra que na relação com os clientes é necessário estabelecer a confiança e, para que isto ocorra, é importante fazer um trabalho de imersão na realidade dos negócios. O publicitário diz que é necessário conhecer este universo e procurar entender quem é o cliente do cliente e como ele se comporta, participando diariamente das atividades das empresas e a sua relação com o mercado.

Tanto Baptista como Silva destacam que o ano de 2010 serviu para configurar e consolidar conceitualmente a proposta de atuação da Green no mercado. “Conseguimos fazer com que os nossos colaboradores assimilassem a lógica da agência, que tem como meta o compromisso, o aprofundamento e o trabalho dedicado”, acrescenta Silva.

Baptista, por sua vez, reforça o fato de que um dos diferenciais da Green é não se colocar como uma simples prestadora de serviços na área da publicidade e propaganda.

“Trabalhamos como sócios do negócio de nossos clientes e, assim, buscamos mais e melhores resultados para eles. A partir deste envolvimento, surge o conceito de ideias renováveis que geram sustentabilidade econômica para os clientes e também para a agência, proporcionando crescimento e desenvolvimento para todos”, acrescenta.

A nova sede da agência, cuja criação foi inspirada no conceito de sustentabilidade, conta com uma área de 260 metros quadrados. Atualmente, a Green atende as contas publicitárias da Blaya & Felin, Car House Toyota, CFL Construções, Confiança Cia. de Seguros e Lojas Volpatto.

O site da empresa está em construção e para obter mais detalhes os interessados poderão ligar para o telefone (51) 3073.5700.



quarta-feira, 24 de novembro de 2010

ÍNDICE DE CONFIANÇA

A Fundação Getúlio Vargas divulgou o Índice de Confiança da Justiça, que avalia a percepção que as pessoas fazem de algumas instituições do país. Chama atenção que a pesquisa foi realizada no terceiro trimestre do ano, período do desenvolvimento da campanha eleitoral para presidente, governador, senador, deputado federal e estadual. A pior avaliação coube aos partidos políticos, que já estavam em último lugar no trimestre anterior e despencaram em plena campanha. Nem mesmo a cobertura jornalística, as propagandas obrigatórias no rádio e na tevê, os comícios foram capazes de proporcionar uma melhor avaliação dos partidos. Pelo contrário, apenas 8 por cento dos entrevistados disseram que eles eram confiáveis. A pesquisa é mais um indicador que eles estão desacreditados e que alguma coisa precisa se feita para que recuperem pelo menos uma parte do prestígio perdido. Entre outras causas está a distribuição farta de legendas para candidatos classificados como fichas sujas, e o balcão de negócios em que se transformaram. Obviamente não é bom para a democracia esse quadro. Em seguida, como pior avaliação, está o Congresso Nacional. Será que é preciso dizer mais alguma coisa?O debate em torno de temas sensíveis para a religiosidade como aborto, casamento homossexual, célula tronco, camisinha e outros contribuíram para que a instituição ” igreja ” fosse a segunda melhor avaliada pela população. O termo se refere principalmente às igrejas católica e evangélica. A instituição melhor avaliada, segundo a Fundação Getúlio Vargas, foram as Forças Armadas. O debate para o segundo turno da eleição presidencial escorregou dos temas políticos para comportamentais, legais, religiosos, morais e isto explica porque as instituições religiosas cresceram tanto no conceito da população. Imprensa escrita e televisão ficaram em posições intermediárias com boas avaliações.

O recado está dado: é preciso uma reforma política para a recuperação da imagem do Congresso. Não é possível mais manter na gavetas propostas como a que reduz de dois para um os suplentes de senador, com a proibição de indicação de pais, irmãos,. esposas, maridos, filhos, como acontece hoje. Geralmente a segunda vaga é ocupada por alguém que banca a campanha financeiramente por baixo do pano. Com isso os suplentes assumem, ficam até completar o mandato do titular sem ter tido um único voto!! Atualmente são 16 esse tipo de excelência no senado. O senador Edison Lobão tem o filho como suplente, Gilvam Borges o irmão, Eduardo Braga a mulher, Ivo Cassol e Marcelo Miranda os pais e finalmente Fernando Collor tem dois primos na suplência. Porque senadores não são obrigados a renunciar para assumir outro cargo público como nos Estados Unidos? Hilary Clinton renunciou para assumir a Secretaria de Estado de Barak Obama.

A sociedade é forçada a participar desse jogo, tanto eleitoralmente como através do pagamento de impostos que garantem uma situação privilegiada que a maioria da população não tem. Quando suas excelências ficam doente não procuram os hospitais do SUS, nem os seus filhos e netos estudam em escolas públicas. O que podem gastar com dentista, muita gente não ganha durante um ano. Só a pressão popular, cidadã pode mudar esse quadro, do contrário projetos que mexam nos privilegio vão continuar nas gavetas trancadas e longe dos olhos do contribuinte;eleitor/cidadão.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Momento de ficar calado

O senhor Valmor Luiz Bettinelli, empresário de Porto Alegre, escreveu no Jornal do Comércio de 22/11/2010, página 4, Palavra do Leitor, texto com o título Governo. Desculpem-me, acho que ele deveria ficar calado, enrolado à bandeira do Serra e absorvendo a perda nas eleições de seu partido. Dizer que o governo de Lula é, na verdade, 16 anos do governo FHC é um absurdo técnico, econômico e ainda socialmente injusto. Se apenas boas ideias fossem solução plena, a humanidade estaria uma maravilha, nada a ser contestado. O que faz melhorar ou até piorar são as realizações, a aplicação, o acompanhamento no dia a dia dos resultados. Parece que o senhor Valmor não acompanhou as pesquisas de opinião pública dos governos de FHC e de Lula. Quanto ao risco de uma nova globalização e desindustrialização, com o aperfeiçoamento da politicagem, parece que o senhor Valmor não vê, há muitos anos, estatísticas, crescimento de produção, desenvolvimento industrial, satisfação empresarial, ação policial, em especial da Polícia Federal. A impressão que deixa é que ele é um dos membros do grupo perdedor nesse País, não aproveitando os ensinamentos do maravilhoso FHC, em seu benefício próprio. Boas ideias se elogiam, se praticam, se aplicam, se desenvolvem, se dá continuidade em prol da sociedade como um todo, onde se incluem também as classes ao pé da pirâmide, que sempre foram esquecidas pelos governos anteriores, sob a justificativa de que deveriam esperar o bolo crescer. O povo brasileiro é constituído de 185 milhões de pessoas e não dos que só olham para o seu umbigo, aderentes ao propósito de o povo que se exploda. (Luiz C. B. de Freitas, contador aposentado - lbfreitas@yahoo.com.br)

Cachorros e dejetos

Sou dona de três cães e saio duas vezes por dia com eles, todos os dias. Saio com meu saquinho para juntar os dejetos dos animais. Acontece que os vizinhos que não têm cachorros estão incomodados com o fato de jogarmos o saco fechado nas lixeiras. Segundo eles, os servidores do DMLU não carregam estes saquinhos, deixando assim a lixeira sempre cheia. Eu gostaria de saber por que não são considerados lixo os sacos com dejetos? Por que não recolher? Por este tipo de posicionamento é que somos abordados nas ruas como se estivéssemos errados ao recolher o lixo. O que o DMLU ou a prefeitura podem fazer por nós que preservamos o direito das pessoas de andarem em calçadas limpas? (Ellen D´avila, diretora de Produção Cia. Teatro Novo - ellen@teatronovo.com.br)

Praias

Poucos, muito poucos melhoramentos na pavimentação, na limpeza e no recolhimento de lixo da maioria das nossas praias, como os veranistas verificaram no feriadão do dia 15/11. Mas são os veranistas que movimentam o comércio, alugam casas, pagam IPTU todo o ano e usam as moradias quase só na temporada. Na avenida Emancipação, muitos buracos, sinalização de trânsito precária e, após a ponte Tramandaí/Imbé, o engarrafamento habitual, que piora ano após ano e ninguém faz um viaduto, uma outra ponte mais distante, enfim, uma nova ligação. Ali tem um gargalo no trânsito e tudo entope, no final do dia. (Marcelino Freitas, Novo Hamburgo/RS)

Na coluna Palavra do leitor, os textos devem ter, no máximo, 500 caracteres, podendo ser sintetizados. Os artigos, no máximo, 2 mil caracteres, com espaço. Os artigos e cartas publicados com assinatura nesta página são de responsabilidade dos autores e não traduzem a opinião do jornal. A sua divulgação, dentro da possibilidade do espaço disponível, obedece ao propósito de estimular o debate de interesse da sociedade e o de refletir as diversas tendências.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Prejuízos às economias internacionalizadas

A internacionalização das economias dos três estados da Região Sul - Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná - e os prejuízos que enfrentam em consequência da valorização do real, que dificulta as exportações, e da importação de bens, o que aumenta a concorrência interna, foram intensamente discutidos no XV Encontro dos Economistas da Região Sul, no final de semana, em Joinville, Santa Catarina. O presidente do Conselho Regional de Economia-RS, Geraldo Rodrigues da Fonseca, coordenou a delegação gaúcha e relatou a grande preocupação manifestada com a questão cambial, algo difícil de encaminhar em termos nacionais ou locais, pois a queda do dólar é mundial, decorrente de fatores conjunturais e estruturais que limitam a ação das autoridades monetárias dos países.

Demora na Fepam

O geólogo Alberto Pozzer, que trabalha com consultoria ambiental em Caxias do Sul, está preocupado com a morosidade da Fepam para licenciamento ambiental. Ele solicitou, em maio, a Licença Prévia para instalação de uma empresa do mercado de aços, que pretende investir R$ 30 milhões em Caxias do Sul e até hoje não a obteve. Os técnicos fizeram a vistoria em julho e não deram mais notícias. Em 10 de outubro, pediram novas informações. "Não há problema algum em solicitar informações adicionais, isto é normal, o anormal é levar 3 meses para solicitá-las", diz. "Já se passaram 30 dias que respondemos, e a Fepam, novamente, não deu notícias. Não tenho mais desculpas a dar ao cliente", concluiu Alberto.

Fiergs

Novo capítulo no processo de sucessão na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, que deverá ocorrer em abril de 2011. Um dos pré-candidatos, Astor Milton Schmitt, diretor da Randon, de Caxias do Sul, que vinha fazendo campanha há um ano, oficializou a candidatura em "carta aos industriais gaúchos", na qual diz que tem o apoio da Randon e que vai usar sua experiência de 20 anos no associativismo para conquistar o cargo. Há, pelo menos, outros três candidatos à candidato e, se houver duas chapas, pela primeira vez em muitos anos haverá oposição na Fiergs.

Vagas no Litoral

As lojas Nacional do Litoral Norte ainda têm 340 vagas temporárias. Os currículos devem ser entregues nas lojas Nacional Capão da Canoa (avenida Paraguaçu, 2.578 - Centro), Nacional Torres (avenida José Bonifácio, 466 - Centro), Nacional Tramandaí (avenida Emancipação, 1.028 - Centro), Nacional Xangri-Lá (avenida Paraguaçu, 5.509 - Centro) e Nacional Imbé (avenida Rio Grande, 10 - Centro). Outras mil vagas estão sendo abertas.

Advogados

O Fragata e Antunes Advogados, especializados em Direito do Consumidor e Trabalhista, com sede em São Paulo e escritórios em Porto Alegre e mais sete capitais, tem novo sócio na Capital gaúcha. É Marcelo Ferreira Bortolini, advogado formado pela Pucrs de Porto Alegre e pós-graduando em Direito Civil pela Ufrgs. Bortolini assumiu a coordenação do escritório porto-alegrense.

Nova identidade

A Maena Arquitetura e Design, empresa especializada em criação de conceitos e imagens, desenvolveu a nova identidade da vinícola Casa Ferdinando Zattera, de Caxias do Sul. Foram criados novo logotipo e rótulos da linha de vinhos finos Moscato Giallo 2010, Merlot 2008 e Cabernet Sauvignon 2008. A Ferdinando Zattera produz vinhos em Conceição da Linha Feijó, em Caxias do Sul, desde a década de 1920.

Ambiente

O Sindicato das Indústrias de Material Plástico-RS desenvolve o Programa Sustenplást-RS Plástico com Inteligência, em defesa do meio ambiente. É um projeto educativo e de conscientização infantil sobre os cuidados com o ambiente, em especial, relacionados com artefatos plásticos. Um livro de Cacá e sua turma conscientiza crianças para uma "atitude verde".

Natal Big

Os supermercados Big do Rio Grande do Sul esperam aumentar suas vendas em 30% em função do Natal que se aproxima. As vendas de produtos natalinos começaram há 15 dias.

Manteli

O presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários, Wilen Manteli, passou a integrar o Conselho Consultivo do Setor Privado da Câmara de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A nomeação foi publicada do Diário Oficial da União.

Capacitá

Neste mês que assinala os 15 anos de atuação no Brasil e no Exterior, a Capacitá, com sede em Porto Alegre, concorre ao Prêmio Caio 2011, cujos vencedores serão conhecidos em fevereiro. A diretora Eliana Azeredo já comemora porque está na disputa em cinco categorias.

O dia

• A empresária Carmem Ferrão abrirá mais uma filial das Lojas Pompéia, em Torres, sendo a 56ª unidade da rede. Até o final do ano, promete inaugurar outras em Porto Alegre e Santana do Livramento.

• Elisabete Brochmann, proprietária da Estalagem e Restaurante La Hacienda, de Gramado, participará, até dia 24, do Encontro Anual da Associação de Hotéis Roteiros de Charme, em Salvador, Bahia.

• O Sindicato da Indústria do Vinho-RS terá palestra sobre gestão de pessoas em empresas vinícolas, com Martin Ricardo Schulz. Informações Sindivinho-RS - e-mail sindivinhors@sindivinhors.com.br ou pelos telefones (54) 3021.0012 ou 3218.8035. Às 8h30min, em Caxias do Sul.

• O Instituto de Estudos Empresariais realizará, em Belo Horizonte, a primeira edição do Fórum da Liberdade, assim como acontece, há 23 anos, em Porto Alegre. Paulo Uebel, ex-presidente do IEE e sócio da JP Empreendimentos Imobiliários Ltda., será palestrante.

• Presidente da Associação Gaúcha de Supermercados, Antonio Cesa Longo, coordenará a entrega da premiação Carrinho Agas, às 20h, no Grêmio Náutico União, rua João Obino, 300.

• Para comemorar a Independência do Líbano, a comunidade estará reunida, com coquetel, com o cônsul honorário Ricardo Malcon, com dirigentes da Sociedade Libanesa, Cirne Chamun e José Carlos Harris. Na Sociedade Libanesa, rua Barão do Rio Grande, 36.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O que é Sustentabilidade?

O termo "sustentável" provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas".

O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment - UNCHE), realizada em Estocolmo de 5 a 16 de junho de 1972, a primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e a primeira grande reunião internacional para discutir as atividades humanas em relação ao meio ambiente. A Conferência de Estocolmo lançou as bases das ações ambientais em nível internacional, [1] chamando a atenção internacional especialmente para questões relacionadas com a degradação ambiental e a poluição que não se limita às fronteiras políticas, mas afeta países, regiões e povos, localizados muito além do seu ponto de origem. A Declaração de Estocolmo, que se traduziu em um Plano de Ação,[2]desenvolvimento econômico e social. define princípios de preservação e melhoria do ambiente natural, destacando a necessidade de apoio financeiro e assistência técnica a comunidades e países mais pobres. Embora a expressão "desenvolvimento sustentável" ainda não fosse usada, a declaração, no seu item 6, já abordava a necessidade imperativa de "defender e melhorar o ambiente humano para as atuais e futuras gerações" - um objetivo a ser alcançado juntamente com a paz e o

A ECO-92 - oficialmente, Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento -, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável. A mais importante conquista da Conferência foi colocar esses dois termos, meio ambiente e desenvolvimento, juntos - concretizando a possibilidade apenas esboçada na Conferência de Estocolmo, em 1972, e consagrando o uso do conceito de desenvolvimento sustentável, defendido, em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimentodesenvolvimento econômico como as preocupações de setores interessados na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade. [3] [4] Outra importante conquista da Conferência foi a Agenda 21, um amplo e abrangente programa de ação, visando a sustentabilidade global no século XXI. [5] (Comissão Brundtland). O conceito de desenvolvimento sustentável - entendido como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades - foi concebido de modo a conciliar as reivindicações dos defensores do

Em 2002, a Cimeira (ou Cúpula) da Terra sobre Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo[6] reafirmou os compromissos da Agenda 21, propondo a maior integração das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) através de programas e políticas centrados nas questões sociais e, particularmente, nos sistemas de proteção social.

Conceitos correlatos

Enquanto sustentável significa apto ou passível de sustentação, sustentado é aquilo que já tem garantida a sustentação. É de imediata compreensão que "sustentado" já carrega em si um prazo de validade, no sentido de que não se imagina o que quer que seja, no domínio do universo físico, que apresente sustentação perpétua (ad aeternu), de modo que, no rigor, "sustentado" deve ser acompanhado sempre do prazo ao qual se refere, sob risco de imprecisão ou falsidade, acidental ou intencional. Tal rigor é especialmente importante nos casos das políticas ambientais ou sociais, sujeitos a vieses de interesses divergentes.

Crescimento sustentado refere-se a um ciclo de crescimento econômico constante e duradouro, porque assentado em bases consideradas estáveis e seguras. Dito de outra maneira, é uma situação em que a produção cresce, em termos reais, isto é, descontada a inflação, por um período relativamente longo.

Gestão sustentável é a capacidade para dirigir o curso de uma empresa, comunidade ou país, através de processos que valorizam e recuperam todas as formas de capital, humano, natural e financeiro.

A sustentabilidade comunitária é uma aplicação do conceito de sustentabilidade no nível comunitário. Diz respeito aos conhecimentos, técnicas e recursos que uma comunidade utiliza para manter sua existência tanto no presente quanto no futuro. Este é um conceito chave para as ecovilas ou comunidades intencionais. Diversas estratégias podem ser usadas pelas comunidades para manter ou ampliar seu grau de sustentabilidade,[7] o qual pode ser avaliado através da ASC (Avaliação de Sustentabilidade Comunitária)[8].

Sustentabilidade como parte da estratégia das organizações. O conceito de sustentabilidade está intimamente relacionado com o da responsabilidade social das organizações. Além disso, a ideia de "sustentabilidade" adquire contornos de vantagem competitiva. Isto permitiu a expansão de alguns mercados, nomeadamente o da energia, com o surgimento das energias renováveis. Segundo Michael Porter, "normalmente as companhias têm uma estratégia económica e um estratégia de responsabilidade social, e o que elas devem ter é uma estratégia só". Uma consciência sustentável, por parte das organizações, pode significar uma vantagem competitiva, se for encarada integrar uma estratégia única da organização, tal como defende Porter, e não como algo que concorre, à parte, com "a" estratégia da organização, apenas como parte da política de imagem ou de comunicação. A ideia da sustentabilidade, como estratégia de aquisição de vantagem competitiva, por parte das empresas, é refletida, de uma forma expressamente declarada, na elaboração do que as empresas classificam como "Relatório de Sustentabilidade".

Investimento socialmente responsável. Investir de uma forma ética e sustentável é a base do chamado ISR (ou SRI, do inglês Socially responsible investing). Em 2005, o Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, em articulação com a Iniciativa Financeira do PNUMA (PNUMA-FI ou, em inglês, UNEP-FI)[9] e o Pacto Global das Nações Unidas (UN Global Compact), convidou um grupo de vinte grandes investidores institucionais de doze países para elaborar os Princípios do Investimento Responsável. O trabalho contou também com o apoio de um grupo de 70 especialistas do setor financeiro, de organizações multilaterais e governamentais, da sociedade civil e da academia. Os princípios da PNUMA-FI foram lançados na Bolsa de Nova York, em abril de 2006. Atualmente a PNUMA-FI trabalha com cerca de 200 instituições financeiras, signatárias desses princípios, e com um grande número de organizações parceiras, visando desenvolver e promover as conexões entre sustentabilidade e desempenho financeiro. Através de redes peer-to-peer, pesquisa e treinamento, a PNUMA-FI procura identificar e promover a adoção das melhores práticas ambientais e de sustentabilidade em todos os níveis, nas operações das instituições financeiras. [10]

Diluição do conceito

O uso do termo "sustentabilidade" difundiu-se rapidamente, incorporando-se ao vocabulário politicamente correto das empresas, dos meios de comunicação de massa, das organizações da sociedade civil, a ponto de se tornar uma quase unanimidade global. Por outro lado, a abordagem do combate às causas da insustentabilidade parece não avançar no mesmo ritmo, ainda que possa estimular a produção de previsões mais ou menos catastróficas acerca do futuro e aquecer os debates sobre propostas de soluções eventualmente conflitantes. De todo modo, assim como acontecia antes de 1987, o desenvolvimento dos países continua a ter como principal indicador, o crescimento econômico, traduzido como crescimento da produção ou, se olhado pelo avesso, como crescimento (preponderantemente não sustentável) da exploração de recursos naturais. As políticas públicas, bem como a ação efetiva dos governos, ainda se norteia basicamente pela crença na possibilidade do crescimento econômico perpétuo e essa crença predomina largamente sobre a tese oposta, o decrescimento econômico, cujas bases foram lançadas no início dos anos 1970, por Nicholas Georgescu-Roegen. [11] Segundo Amartya Sen, Prêmio Nobel de Economia 1998: "Não houve mudança significativa no entendimento dos determinantes do progresso, da prosperidade ou do desenvolvimento. Continuam a ser vistos como resultado direto do desempenho econômico."

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Business ‘N’ Business


Julio Mottin Neto
é diretor vice-superintendente do Grupo Dimed/Panvel. Com 37 anos, é graduado em Economia pela Pucrs e em 2008 concluiu o General Management Program na Harvard Business School. Iniciou na Panvel como supervisor de marketing, passando pelos cargos de gerente e diretor de marketing e indústria. Palestrante em encontros de marketing como da ADVB/RS e em universidades, durante a 7ª Bienal do Mercosul atuou como diretor de marketing da mostra.

Paulo Michel Roehe,
graduado em Medicina Veterinária pela Ufrgs, é mestre em Microbiologia pela Universidade de Londres e PhD em Virologia pela Universidade de Surrey. Preside a Sociedade Brasileira de Virologia. Atua há 32 anos como pesquisador da Fepagro Saúde Animal - Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF) e há 19 anos como professor do Icbs/Ufrgs. Em 2007 recebeu o Prêmio Destaque Fapergs - Copesul na área de Ciências Agrárias, do governo gaúcho, e em 2008, o Prêmio Desidério Finamor.

Christiano da Silveira de Barcellos
é graduado em Medicina pela Universidade de Passo Fundo, com residência em Cirurgia Cardiovascular pelo Instituto de Cardiologia. Possui mestrado em Ciências Médicas pela Ufrgs/UPF e título de especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pela Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, tendo também pós-graduação na área. Atuou como cirurgião cardiovascular no Hospital São Vicente de Paulo, em Passo Fundo.

Elaine Deboni
é formada em Administração de Empresas com especialização em Imagem, pelo Instituto Marangoni de Londres. Dedicou-se durante 25 anos ao mercado de luxo no Interior em Erechim e Passo Fundo e atualmente é diretora do Shopping do Porto, o Camelódromo de Porto Alegre.

Fabrício Geyer Ehlers
é administrador e está no comando do Alto da Capela, espaço para eventos localizado no bairro Belém Velho, em Porto Alegre. Ehlers acumula vivência nas áreas comercial e de marketing e já desenvolveu projetos para os governos do Canadá, dos Estados Unidos, da Espanha e da África do Sul.

Caroline Vieira Ruschel,
é integrante da equipe da Freitas Macedo & Dalcin Advogados Associados. É advogada, professora de Direito Ambiental da Pucrs, mestre em Direito pela Ufsc e graduada em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pucrs com Aperfeiçoamento em Ciências Jurídicas e Sociais na Eberhard Karls Universität Tübingen, na Alemanha.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Boa genética vende bem


GUATAMBU/DIVULGAÇÃO/JC
GUATAMBU/DIVULGAÇÃO/JC" rel="lightbox">Um bonito touro braford por R$ 22.500,00
Um bonito touro braford por R$ 22.500,00

Os leilões de gado da primavera venderam bem, mas nem todos os produtores estão satisfeitos com os preços obtidos pelos animais. Poderiam ter sido maiores, disse-me José Paulo Dornelles Cairoli, da Reconquista Agricultura e Pecuária, em Alegrete. Já o criador de gado hereford e braford Adroaldo Pötter, ainda comemora, em sua Estância do Caty, em Livramento, os bons resultados que obteve no 38º Remate Guatambu, Alvorada, Caty, em Dom Pedrito, no mês passado. Ele considera fantástico o resultado obtido pelos animais de sua criação: média de R$ 9.750,00 em 26 touros braford e de R$ 6.912,50 em 12 touros polled hereford, uma tourada rústica, criada no basalto dos campos do Caty, dentro do bioma pampa preservado. Adroldo também obteve os dois maiores valores do remate, com os touros braford Caty H23, vendido por R$ 22.500,00, e Caty H 385, por R$ 13.500,00, ambos para o criador Cícero Augusto Pujol Correa, de Quarai. “Foi, sem dúvida, um bom retorno pelo nosso trabalho de desenvolvimento genético”, disse Pötter.

ICMS devido

O governo do estado do Rio Grande do Sul prorrogou novamente o parcelamento de débitos “Ajustar/RS”, agora até 31 de dezembro. Dívidas de ICMS vencidas até dezembro de 2009 podem ser pagas com 60% de desconto nos valores relativos a juros e correção monetária e parcelamento em até 120 meses, explica Christian Stroeher, do escritório SP&CB Negócios Jurídicos. Além disso, para pagamentos à vista, há um desconto de até 50% sobre o valor da multa que vai diminuindo conforme o número de parcelas que o contribuinte utilizar para regularizar o débito.

Brasil na China

Agora o Brasil tem um lugar exclusivo como porta de entrada para produtos na China. Os gaúchos Tânia Caleffi e Antônio João Freire criaram um espaço permanente em Xangai para mostrar empresas brasileiras aos empresários chineses, o Brazilian Gate. Enquanto os produtos ficam em exposição, eles se encarregaram de procurar parceiros para as empresas, distribuidores, canais de vendas, investidores. Contatos: begin_of_the_skype_highlighting 51-3251-4767 end_of_the_skype_highlighting ou caleffi@shanghai-trends.com.
51-3251-4767

Mão de obra

A indústria da construção civil está sofrendo forte concorrência de outros setores sobre sua mão de obra especializada. Grandes empresas que começaram a atuar em Rio Grande, Pelotas e Candiota, principalmente, estão oferecendo salários maiores e levando os trabalhadores da construção civil de outras regiões. Um construtor informou que agentes destas grandes empresas chegam nas obras e perguntam aos trabalhadores quanto ganham e oferecem o dobro. Ele presenciou uma cena em que o agente soube que o pedreiro ganhava R$ 800,00 por mês e ofereceu, em Candiota, R$ 1.500,00, mais moradia. Quem também está sendo beneficiada é a mão de obra feminina. “Antes, se via duas ou três mulheres trabalhando numa obra da construção civil; hoje, há obra inteiras tocadas pelas mulheres”, comentou o construtor.

Para ouvir

A Rede de Clínicas Direito de Ouvir, uma das maiores do País em aparelhos auditivos, abriu consultório em Caxias do Sul. Fica na rua Pinheiro Machado, 1811, sala 32. Ed Gemini I – Centro.

Natura

A empresa de cosméticos lançou a colônia Natura Homem Íon, para atender ao crescente interesse dos homens por perfumes. Combina ingredientes cítricos, como a bergamota, com cedro, muguet, rosa, lavanda, orris, âmbar, sândalo, musk, tonka e baunilha.

Incentivo

Allevo Genetics e Química Limpa Soluções Ambienteis, empresas incubadas na Raiar da Pucrs, foram aprovadas no Programa Inova Pequena Empresa RS, do Sebrae, e receberão entre R$ 100 mil e R$ 350 mil para pesquisa. Ao todo, o Sebrae irá disponibilizar R$ 16 milhões em recursos não reembolsáveis para os projetos de inovação tecnológica selecionados.

Sustentável

O Walmart vai dobrar as compras de pequenos e médios agricultores do Brasil até 2015. O Clube dos Produtores, como é conhecido o programa no País, também irá ampliar o número de famílias atendidas: de 7 mil para 10 mil famílias, ampliando a renda dos agricultores em cerca de 10% no período e reduzindo em 20% as perdas de alimentos nas lojas.

Gato por lebre

Não é novidade que muito consumidor é enganado na hora de fazer certas compras, principalmente de produtos ditos importados. O professor pelotense Bira Ribas fez um interessante levantamento que ajuda a descobrir quando se está comprando gato por lebre. Ele levantou os números iniciais dos códigos de barras dos países que são os principais fornecedores de produtos ao Brasil. Pelos primeiros números, é possível identificar a procedência do produto. Azeite de oliva italiano, por exemplo, deve ter código de barras iniciado por 80-83; se for português, 560; se espanhol, 84. Batata frita é americana mesmo se o código de barras começar por 00-13. Se o início dos códigos for 690, 691 e 692, a origem é da China. Se for do Brasil, é 789.

Chivas

A Sacramento Master Design, dos sócios Márcia Fernanda Sampaio e Gustavo Guedes, foi escolhida pelo Whisky Chivas 12 anos para criar a identidade visual do Chivas Chivalry Club, evento que iniciará o novo momento da marca. O trabalho foi feito em parceria com a paulista Zambon.Inc.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Japão e Brasil discutem oportunidades de negócios

Marcelo Beledeli

FREDY VIEIRA/JC
Yoneda diz que o Japão busca mercados
Yoneda diz que o Japão busca mercados

A comitiva da província japonesa de Shiga que está percorrendo o Rio Grande do Sul participou ontem, no Centro de Exposições da Fiergs, de um seminário sobre o comércio entre Brasil e Japão. No encontro, o vice-governador de Shiga, Koichiro Yoneda, apresentou as oportunidades de negócios que os gaúchos podem obter na província, que é irmã do Rio Grande do Sul há 30 anos.

O mediador do encontro, embaixador Jorge Carlos Ribeiro, provocou o vice-governador ao lembrar que, com a estagnação do mercado interno e a valorização do yene, as empresas japonesas estão buscando investir em países em desenvolvimento, o que poderia incluir o Brasil e, em especial, o Rio Grande do Sul. Yoneda confirmou que os empresários de Shiga estão a procura de novos mercados, e que o Brasil poderia ser beneficiado por esse movimento, uma vez que está com sua visibilidade em alta devido ao grande crescimento econômico apresentado nos últimos anos. O vice-governador também destacou que a província possui em seu território muitas grandes indústrias internacionais, como Panasonic, Bridgestone, Omrom e Toray, outro atrativo para negócios.

As possibilidades de comércio com o Japão também foram destacadas por Rei Oiwa, diretor no Brasil da Japan External Trade Organization (Jetro), entidade similar à Apex brasileira. Segundo ele, o mercado japonês é uma porta de entrada para muitos países asiáticos, uma vez que o Japão possui diversos acordos de livre comércio na região. "Muitos empresários coreanos e chineses avaliam o sucesso de um produto em nosso país antes de buscar importá-lo," afirmou.

Atualmente, de acordo com Oiwa, o Japão está o interessado em conquistar novos mercados devido à estagnação econômica em que vive. Entre 2004 e 2009, as vendas no varejo caíram 8,74%. No entanto, o diretor da Jetro acredita que há espaço para produtos brasileiros. "Suco de açaí, churrascarias e chinelos Havaianas, por exemplo, conquistaram os consumidores locais", destacou. Oiwa também lembra que é preciso entender a cultura local antes de investir, citando o exemplo do fracasso da rede Carrefour em se instalar no Japão. "Eles não entenderam que o japonês não costuma fazer compras mensais", exemplificou.

De acordo com o diretor da Jetro, os produtos que o Japão mais adquire no exterior são combustíveis, equipamentos elétricos, máquinas, alimentos e produtos químicos. No entanto, Oiwa destacou que há outros setores cujo potencial para negócios estão crescendo. "Os segmentos de autopeças, tecnologia de informação e computação, biotecnologia, serviços médicos e meio ambiente estão cada vez mais atrativos", disse.

Em 2009, o Brasil foi 26º destino de exportações japonesas, com US$ 4,236 bilhões. No mesmo período, os japoneses importaram US$ 6.368 bilhões em produtos do Japão. O Rio Grande do Sul está em 21º lugar no ranking das exportações brasileiras para o Japão, e em 23º lugar no das importações, com participação de 4,93% e 1,45%, respectivamente. Os principais produtos gaúchos vendidos ao Japão são alimentos, madeira, calçados e produtos químicos.





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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Opinião Econômica - Meta de inflação


Um célebre princípio de precaução nos informa que "todos os modelos são errados, mas são úteis". A macroeconomia é habitada por um grande número deles, que envolve relações de comportamento e equações até uma simplificação heroica com três equações, usada para fins didáticos por quase todos os Bancos Centrais.

Uma equação comum a esses modelos relaciona a atual taxa de inflação à expectativa inflacionária, à diferença entre o PIB atual e o PIB potencial e a eventuais choques de oferta, como uma frustração de safra causada por El Niño.

Durante algum tempo, nos anos 60, cultivou-se a ideia de que se poderia explorá-la para trocar PIB (ou emprego) por taxa de inflação, mas a esperança foi rapidamente destruída com a descoberta do efeito da "expectativa" na determinação da inflação corrente.

Com a crise de 2007, as dúvidas sobre como se formam tais expectativas cresceram. Desde o início do século 21, a expectativa da inflação dos EUA permaneceu praticamente constante (2%), a despeito das enormes flutuações do emprego e do PIB, a ponto de hoje acreditar-se que os EUA só não estão sofrendo uma recessão devido à firmeza dessa expectativa.

Em outras palavras, esta não seria criada apenas pela "credibilidade" de um BC autônomo, mas teria alguma característica estrutural. Tanto que agora o Fed tenta, sem sucesso, criar uma expectativa inflacionária maior do que 2% para mitigar a saída da crise.

Toda sociedade economicamente aberta e com boa governança parece ter um número (historicamente condicionado) que determina a menor taxa de inflação com a qual pode conviver e estabelecer a necessária flexibilidade dos mercados (inclusive a regulação do mercado de trabalho) capaz de levá-la ao uso eficiente da sua capacidade produtiva.

Certamente ela depende da qualidade das instituições e, portanto, a sua redução para um nível adequado deve ser objeto da política econômica de longo prazo.

Vamos, entretanto, "combinar" uma coisa. Não há modelo teórico (nem haverá!) que estabeleça tal mínimo, e não há a menor evidência empírica de que revele qualquer relação (linear ou não linear) entre a taxa de crescimento do PIB no longo prazo e taxas de inflação menores do que 7% ou 8% ao ano.

Há claras evidências (e o Fed é testemunha) de que metas inflacionárias menores que 2% podem apresentar problemas para o ajuste do mercado de trabalho e para a eficácia da política monetária.

No curto prazo - e enquanto não fizermos a lição de casa na política fiscal -, a meta de inflação de 4,5% ao ano parece perfeitamente adequada à nossa situação.


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Lucro da Randon salta 147,4%

Lucro da Randon salta 147,4% no trimestre, para R$ 66,7 milhões

O grupo Randon, fabricante de implementos rodoviários e autopeças, ampliou seu lucro líquido em 147,4% no terceiro trimestre, para R$ 66,769 milhões. A receita líquida consolidada cresceu 65,5% no período, para R$ 984,184 milhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização foi de R$ 146,740 milhões, uma alta de 114,3%.

No segmento de veículos e implementos, a produção de reboques cresceu 59,3%, para 6.495 unidades. Foram produzidos ainda 238 veículos especiais, alta de 81,7% frente ao mesmo trimestre do ano passado, e 219 vagões ferroviários, 508,3% a mais do que há um ano.

No segmento de autopeças, os destaques ficaram com a fabricação de sistemas de acoplamento, que cresceram 74,0%, para 28.472 peças; de freios, com 208.442 peças, um aumento de 31,9%; e sistemas de suspensão, com 120.670 unidades, um aumento de 70,3%.

A Randon atribuiu o bom desempenho à isenção do imposto sobre produtos industrializados (IPI) para caminhões, ônibus e veículos rebocados até dezembro de 2010, e também às linhas de financiamento Finame PSi e Procaminhoneiro para veículos comerciais oferecidas pelo BNDES.

A companhia lembrou ainda, em seu comentário de desempenho, que iniciou a produção dos 1.150 vagões para a MRC, para entrega até junho de 2011. A empresa espera produzir 350 unidades ainda este ano.

A Randon contabilizou ainda receita de R$ 13,301 milhões com serviços de seu braço financeiro, o banco Randon, inaugurado em setembro.

As exportações da Randon somaram US$ 66,5 milhões no trimestre, um aumento de 49,0% sobre o terceiro trimestre de 2009 (US$ 44,6 milhões).

A dívida líquida consolidada somava R$ 202,0 milhões no final de setembro, equivalente a um múltiplo de 0,41 vez o EBITDA acumulado dos últimos 12 meses. No mesmo período de 2009, a dívida era de R$ 173,3 milhões, ou 0,53 vez o EBITDA.

Os investimentos somaram R$ 51,6 milhões no trimestre, quase o triplo dos R$ 18,9 milhões aplicados no mesmo período do ano passado.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

CRÉDITO DE CONFIANÇA

O eleitorado brasileiro foi obrigado por força de lei a votar nas eleições deste ano e conscientemente ou não escolheu a sua presidente, governador, senadores, deputados federais e estaduais. O grupo assume no início do próximo ano o comando do país e vai se juntar aos prefeitos e vereadores que estão no meio do mandato. Ainda que o voto seja obrigatório e quase 30% do eleitorado não agiu de forma afirmativa, como os ausentes, brancos e nulos, quantitativamente a democracia brasileira deu demonstração de ser uma das maiores do mundo. A melhoria qualitativa do processo só se dará com o tempo e muito trabalho de educação e cultura política. Certo ou errado, bons ou maus, picaretas ou éticos, assertivos ou sangue sugas, ausentes ou presentes, vinculado ao interesse público ou privado, sinceros ou mentirosos, vagabundos ou trabalhadores, chupins ou inventivos, indolentes e sagazes, palhaços ou donos de funerária, latifundiários ou posseiros, capitalistas ou proletários, civis ou militares, religiosos ou leigos, todos são legítimos representantes da sociedade brasileira. Foram escolhidos livremente nas urnas, mostrados no horário eleitoral obrigatório e que não é gratuito, fotos retocadas com botox, sorrisos de implantes, cabelos parcialmente pintados para manter o grisalho, sobrancelhas e bigodes bem tingidos. A população selecionou com os seus critérios e estes são válidos, democráticos e respeitáveis.

Não se pode esperar no parlamento nada mais do que uma plêiade de representantes com a cara do povo que o escolheu. Afinal as pessoas querem que os que as representam sejam muito parecidas com elas. Assim não há o que lamentar, nem julgar a democracia brasileira como pior que outras no mundo porque alguns tipos exóticos foram eleitos e alguns ladrões contumazes continuam fazendo parte da elite dirigente do pais. Todos tiveram a mesma oportunidade de escolher e de votar sem qualquer pressão nas urnas eletrônicas da Justiça Eleitoral, que, no primeiro turno, até mesmo admitiu o uso da cola. Quem não cola… Há uma variedade imensa de partidos, na próxima legislatura vão ser 22, o que possibilitou a escolha entre os mais diversos programas de governo e disparidade ideológica. Ninguém pode reclamar da variedade de candidatos, plataformas, programas, ideologias, biografias, frases de efeito e tantas outras ferramentas para conquistar o voto do cidadão/eleitor/contribuinte. É verdade que o plantel ainda pode ser ligeiramente modificado na medida que os carimbados de ficha suja sejam julgados pelo Supremo Tribunal.

Concluído o processo só resta ao cidadão dar um voto de confiança aos eleitos. Ninguém pode ser julgado apressadamente antes de um período de pelo menos um ano, tempo necessário para que mostrem a que vieram. O ser humano tem uma capacidade imensa de agir, mudar, modificar sua atuação. Assim o grupo de políticos escolhidos tem a legitimidade popular para trabalhar e ajudar a construir uma sociedade mais pacífica, justa, equilibrada e igualitária. Durante o período de lua de mel o cidadão deve já acompanhar o que fazem os políticos, segui-los no noticiário e formar sua própria opinião sobre eles. Passado o tempo do crédito de confiança usar todo o conhecimento que obteve no período e sair fiscalizando e cobrando de forma cidadã a autoridade eleita. A expectativa da sociedade brasileira é de crescer com segurança, emprego distribuição de renda e liberdade de expressão e isso tudo o conjunto escolhido na última eleição tem condições de prover, uma vez que depende apenas de sua conduta ética balizada no interesse público. Por isso é também democrático acreditar que as pessoas mudam e podem se comprometer com o bem estar de todos, e merecem um crédito de confiança. Ainda assim a melhor prática desse período carinhosamente chamado de lua de mel, é o de orar e vigiar.


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Federal Reserve e o desconhecido


Como era esperado, o Federal Reserve americano decidiu aumentar o estímulo monetário via compra adicional de US$ 600 bilhões de títulos federais em circulação.

Chamado de QE2, “quantitative easing 2”, ele representa, na prática, uma clássica emissão de moeda que deve levar o valor do balanço do banco central americano para a incrível cifra de US$ 2,6 trilhões.

Para entender essa decisão do Fed - e ao mesmo tempo os receios de um grupo mais conservador de analistas econômicos -, é preciso ter em conta que estamos em um campo da economia muito pouco explorado na academia. Afinal, uma recessão como a que estamos vivendo há mais de dois anos no mundo desenvolvido tem acontecido muito raramente.

Talvez apenas a que ocorreu na década de 1930 do século passado tenha as mesmas características da crise atual. Mas nesses 80 anos o entendimento teórico de momentos como esse evoluiu muito pouco. São ainda as ideias e sugestões de Keynes que compõem o arcabouço teórico com que contam os governantes para reanimar a economia.

O presidente atual do Fed, Ben Bernanke, é um dos economistas que mais contribuíram para moldar um plano de ação para enfrentar recessões profundas como a de hoje. Mas mesmo ele dá claros sinais de estar agindo mais por intuição do que por firmeza conceitual.

Afinal, os juros de curto prazo estão praticamente a zero e os de médio e longo prazos não superam os 2,5% ao ano. Qual o efeito prático de aumentar ainda mais a liquidez se os bancos não se sentem com coragem de aumentar seus empréstimos a consumidores e a pequenas e médias empresas?

Alguns vão responder a essa questão dizendo que o objetivo maior do Fed é inundar a economia mundial com dólares e provocar uma corrida para outras moedas, forçando, na prática, a desvalorização da moeda americana.

Por que um dólar mais fraco ajuda no combate à recessão? Porque os últimos meses trouxeram uma recuperação no consumo do americano médio, que é responsável por mais de dois terços do PIB nos EUA.

Mas a recuperação do consumo acabou vazando para o exterior via importações, deixando as empresas americanas sem o apoio necessário para voltar a empregar. Em agosto, o volume das importações americanas sem o petróleo voltou ao nível de antes da crise. É uma realidade terrível para um país que está com quase 10% de desemprego e fazendo um tremendo esforço fiscal para tentar recuperar o poder de compra dos cidadãos.

Para a maioria dos americanos, o grande vilão dessa situação é a China, que não permite a valorização do yuan.

Outro canal importante que pode ser afetado por mais uma rodada de expansão monetária é o da expectativa de consumidores e empresários, via alta dos preços das ações em Wall Street. Existe uma correlação positiva clara entre essas duas variáveis, como mostram séries estatísticas conhecidas.

Aliás, é o que vem acontecendo nas últimas semanas, quando os mercados se convenceram de que o Fed iria caminhar para o QE2. Mas os benefícios dessa nova rodada de estímulo monetário podem ocasionar efeitos contrários importantes se parte dos analistas e gestores financeiros se assustar com uma possível volta da inflação no curto prazo.

Para esses, a inflação é um fenômeno essencialmente monetário e o excesso de liquidez que existe hoje - e que vai aumentar de forma importante nos próximos meses por ação do Fed - vai desembocar em um período de aumento de preços.

Não rezo pela cartilha desses analistas, mas estou preocupado com a inflação em 2011 em partes do mundo mais aquecidas.

O excesso de liquidez que vivemos hoje está provocando uma pressão altista sobre os preços das commodities, tanto pelo canal das compras especulativas quanto pela demanda real das economias de mercado que voltaram a crescer.

Nesse quadro, se a economia norte-americana voltar a respirar por conta do QE2, a inflação pode realmente assustar.


quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ELIANA CARDOSO

Eliana Cardoso

Eliana Cardoso's picture
Chief Economist

Eliana holds a Ph.D. in Economics from MIT and is currently the Chief Economist for the South Asia Region at the World Bank (on leave from the School of Economics at the Fundação Getúlio Vargas in São Paulo, where she is a Professor of Economics). A former Professor at the Fletcher School (Tufts University) and a Visiting Professor at MIT, Yale, Georgetown University, and the University of São Paulo.

Eliana has worked twice for the World Bank: once as Lead Economist for China (1993-1995) and later as Sector Manager in Latin America (1998-2000). In between those two assignments, she worked at the Research Department in the IMF and as Secretary for International Affairs at the Ministry of Finance in Brazil. During the last ten years, she wrote weekly opinion pieces for Valor Econômico and a monthly article for O Estado de São Paulo. Her most recent books are Fábulas Econômicas (Pearson, 2006) and Mosaico da Economia (Saraiva, 2009).

Se a inflação aleija e o câmbio mata, a ineficiência enterra



É frequente nos meios de comunicação debates envolvendo a chamada "guerra cambial" entre os países. A recente queda mais acentuada do dólar no Brasil acendeu a luz vermelha no governo e foram então tomadas diversas medidas para reverter essa tendência.

Acredito, contudo, não ser esse o caminho mais adequado para proteger e fortalecer nossa economia. O Brasil optou pelo regime de metas de inflação e câmbio flutuante. Foi esse regime que possibilitou os inúmeros benefícios que temos vivenciado nos últimos anos (e largamente explorados durante as campanhas eleitorais).

Para alguns, mexer no câmbio parece efetivamente a medida mais fácil a fim de conferir maior competitividade à indústria nacional. Mas esse controle incorre em vários problemas. O primeiro deles é que dificilmente o seu efeito perdura no tempo. É até possível atrasar uma tendência de valorização cambial, mas em pouco tempo o mercado descobre as inevitáveis brechas legais e, quando apoiado em fundamentos econômicos, como é o caso atual, retoma com ainda mais força as suas posições.

A fraqueza do dólar não se dá apenas em relação ao real. É um fenômeno mundial sustentado por fundamentos econômicos fortíssimos. Não se trata de mera especulação. É sim um ajuste que o mercado tem feito em decorrência da fraqueza da economia americana, dos seus enormes déficits fiscais e comerciais, da emissão de moeda sem precedentes na história etc.

Se mesmo diante desse quadro o governo resolver adotar novas medidas para frear essa tendência, acredito que o resultado para o Brasil seria, ao final, negativo. Isso porque, manobras contábeis à parte, temos no Brasil um importante déficit, o que torna a nossa economia bastante depende do capital externo para o seu financiamento.

Supondo que o governo conseguisse de fato impor um cerco muito grande ao ingresso desses recursos, o financiamento do nosso déficit se tornaria inevitavelmente mais caro. No limite, poderia colocar em risco a rolagem da dívida pública (isso foi ligeiramente sentido há poucos dias, com uma maior dificuldade do governo em vender NTNs-B). Anúncios de medidas "surpresa" pioram a situação. Práticas como essa só fazem com que o mercado exija maiores prêmios para a alocação dos seus recursos no país.

Mais importante do que mexer na taxa de câmbio, que tem por efeito beneficiar apenas parte dos agentes econômicos, seria muito mais eficaz, duradouro e distributivo, atacar o custo-Brasil. Nesse campo temos muito o que avançar. Por meio de reformas trabalhista, política, tributária, investimentos maciços em educação e infraestrutura, respeito às regras estabelecidas e transparência na condução econômica, estaríamos contribuindo enormemente para a melhora das margens, não só dos exportadores, mas de todos os agentes econômicos.

Medidas como essas tornariam o nosso parque industrial muito mais eficiente e competitivo. Mexer na taxa de câmbio pode parecer a solução mais simples e de rápida implementação, mas o caminho mais fácil é também por vezes o caminho errado. Afora essas reformas, deveríamos, ainda, sem engenharia contábil, aumentar o superávit primário. Isso abriria espaço para uma política monetária mais expansionista, contribuindo também para uma depreciação do real.

Fizemos a escolha de quem irá presidir o Brasil. É praxe haver certa condescendência na proposta e implementação de reformas no início de mandato. Esperamos que o novo governo saiba aproveitar esse momento e não proponha medidas heterodoxas para depreciar o real, mas concentre suas forças em atacar os efetivos gargalos que minam a competitividade da indústria nacional.

Já fizemos, no passado, nossa escolha pelo regime do Plano Real (câmbio flutuante, metas de inflação e superávit primário) e ela tem se mostrado acertada. O governo pode e deve se utilizar de instrumentos para frear oscilações muito drásticas no câmbio, mas, afora isso, deixemo-lo flutuar e foquemos naquilo que realmente importa.

Se a inflação aleija e o câmbio mata, a ineficiência enterra de vez qualquer possibilidade de termos uma economia mais competitiva. Esse novo governo tem em suas mãos o poder de desenhar um futuro fantástico para o Brasil, mas, para isso, precisará enfrentar de vez essas questões e deixar de lado as soluções aparentemente mais fáceis, conduzindo a economia de forma responsável implementando as reformas que o nosso país tanto necessita.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Enfim a volta da ferrovia

O Grupo Randon, de Caxias do Sul, composto por 10 grandes empresas, apostou firme na volta da utilização da ferrovia no Brasil. Uma de suas empresas, construtora de vagões, já tem unidades circulando em todo o País; outra, fabricante de sapatas para freios de trem, a Fras-Le, vai duplicar sua produção. A Randon S.A. Implementos e Participações, em apenas seis anos de atuação, desenvolveu 12 diferentes modelos de vagões com menor tara, maior capacidade de carga, menores custos operacionais e maior facilidade de manutenção. Randon confia no Plano Nacional de Logística de Transporte, que projeta investimentos totais de R$ 290 bilhões em transporte até 2023, dos quais R$ 150 bilhões em ferrovias. Em 2010, o Banco Nacional de Desenvolvimento desembolsará R$ 3,6 bilhões para o setor metroferroviário.

Ferrovia 2

O diretor industrial da Randon S.A., Celso Santa Catarina, lembra que, desde 2004, a empresa produz vagões ferroviários para diferentes aplicações. Diante do retorno do País aos investimentos em ferrovias, as perspectivas são muito boas. Santa Catarina trabalha com a expectativa de que o mercado brasileiro neste ano alcance a marca de 3.500 vagões, dos quais a Randon planeja absorver parte considerável. Dia 9, novos produtos serão apresentados pela Randon na 13ª edição da Feira Negócios nos Trilhos, em São Paulo.

Puras

Posicionada entre as maiores empresas de alimentação coletiva do País, a Puras recebeu a sua quarta certificação internacional. A empresa é a primeira de capital nacional a conquistar a exigente ISO 22000, que atesta a eficácia da organização em gestão de segurança de alimentos.

Espumantes

As vinícolas integrantes do Consórcio de Produtores de Espumantes de Garibaldi apresentarão seu trabalho e degustação dos espumantes da região, dia 6 de novembro, naquela cidade. Estarão presentes dirigentes das vinícolas e jornalistas de todo o País, segundo Adolfo Lona, presidente do consórcio.

Juiz leigo

Bacharéis em Direito com mais de cinco anos na profissão podem disputar 18 vagas de Juiz Leigo, na Paraíba, com salário de R$ 3.300,00. Juiz Leigo tem atuação nos juizados especiais e de conciliação. Inscrições até o dia 29, no site www.cespe.unb.br/concursos/tjpb_leigo2010.

GKN

A perspectiva de estabelecer novos negócios com montadoras instaladas no Brasil, pela exposição e apresentação de produtos diretamente para as áreas de Marketing, Compras e Engenharia dessas empresas, é um dos resultados mais positivos do evento “GKN Tecnology Day”, realizado conjuntamente pela GKN Driveline do Brasil e a divisão Sinter Metalsl, do grupo mundial GKN. Promovido nas sedes das montadoras GM, em São Caetano do Sul (SP), e Renault, em São José dos Pinhais (PR), mostrou as peças produzidas pela GKN do Brasil em suas indústrias de Porto Alegre e Charqueadas para mais de 300 funcionários das duas empresas.

Cordeiro

A produção de ovinos está crescendo também no Mato Grosso. De acordo com o Programa de Desenvolvimento MT Regional, nos últimos 3 anos, a atividade registrou crescimento de 27%. Os criadores comercializam os animais com os frigoríficos Marfrig, em Promissão (SP), e Araçá, em Valparaíso (SP), mas o estado já ganhou dois abatedouros, o SS Beef, em Alta Floresta, e o Cordeiro, em Rondonópolis.

Erechim

A Walmart Brasil investe em Erechim. Vai inaugurar, até o final do ano, um Maxxi Atacado. Investimento de R$ 23 milhões que gerará 100 empregos diretos e 130 indiretos.

Sec2b

A Steffen & Pozzi, empresa de investimentos e participações com atuação em diversas empresas da área de tecnologia da informação, ingressou como acionista da Sec2b, que trabalha com segurança da informação. A Sec2b atua no desenvolvimento de projetos de segurança garantindo a integridade nas transações e operações em e-commerce e site institucional das empresas e instituições.

Insegurança no campo

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu, afirmou, em Brasília, que o atual quadro de insegurança jurídica no campo afasta novos investimentos na atividade agropecuária e traz prejuízos econômicos ao País. Citou dados coletados pelo Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo, da CNA, mostrando a existência de 4,6 milhões de hectares de terras em processo de litígio em vários estados, que geram perdas de faturamento de R$ 9 bilhões. As perdas de arrecadação chegam a R$ 1,3 bilhão nos municípios, estados e União.

Moinho

A Tondo S/A investirá R$ 20 milhões na construção de um novo moinho em Forqueta, em Caxias do Sul. Com faturamento anual de mais de R$ 200 milhões e há mais de 50 anos no mercado, a indústria de farinhas, massas e misturas para bolos com a marca Orquídea projeta, com essa ampliação, aumentar em 40% sua capacidade total de moagem de trigo.