terça-feira, 31 de agosto de 2010

Opinião Econômica - Atitude

Benjamin Steinbruch


Folhapress/Divulgação/JC" rel="lightbox">

Um caso concreto ilustra a ideia que pretendo defender neste artigo. Desde setembro, cada par de calçado chinês importado pelo Brasil passou a pagar uma sobretaxa provisória de US$ 12,47. Por mais que os importadores reclamassem, essa cobrança, uma medida de proteção contra dumping, tornou-se definitiva em março e subiu para US$ 13,85.

O efeito prático dela já pode ser avaliado. As importações de calçados chineses caíram 60% de janeiro a julho em comparação com as dos primeiros sete meses de 2009. Os mais de 200 fabricantes brasileiros desses calçados agradeceram, mas a história não acabou. Os industriais nacionais têm certeza de que os fabricantes globais passaram a usar uma triangulação para burlar a norma brasileira. Como a sobretaxa só atinge o produto feito na China, cresceram as importações de outros países asiáticos: 127% no caso do Vietnã e 77% no da Indonésia. Da Malásia, que praticamente não exportava calçados para o Brasil, vieram 3 milhões de pares nos primeiros sete meses do ano.

Esse exemplo não é um caso isolado. Faz parte de um problema que precisa ser enfrentado com coragem e que atinge vários setores da indústria. Há um fato novo no momento atual da economia brasileira: nossa situação interna é excelente, o consumo está em alta (enquanto o do mundo está em baixa) e, por isso, nosso mercado virou alvo. Está sendo atacado por todos os lados.

Faz parte do jogo a disputa com fornecedores globais. Mas é preciso que os fabricantes locais possam participar em igualdade de condições. Além do câmbio prejudicial, há distorções tributárias estaduais que agravam o problema. E alguns setores da indústria local já estão com estoques elevados.

O País precisa controlar a importação de manufaturas, com tarifas antidumping e outros mecanismos que levem em conta interesses nacionais. Americanos, europeus e asiáticos fazem isso. Na semana passada, o governo dos EUA anunciou 14 medidas para punir práticas que considera ilegais por parte de fornecedores estrangeiros. Lá, não há espaço para liberalismo ingênuo.

É ilustrativo dar uma olhada na balança comercial brasileira de manufaturados. Em 2006, o País teve o último superávit nesse setor, de US$ 5 bilhões. De lá para cá, houve crescimento constante do déficit, que neste ano vai atingir US$ 60 bilhões, segundo estimativa da Fiesp.

Não dá para brincar com essa tendência, porque ela significa perda de empregos. Estudo da Fiesp indica que o impacto do déficit de manufaturados na indústria significou 1,02 milhão de empregos em 2009 e vai representar 1,56 milhão em 2010.

O Brasil, que surfou bem a crise global até agora, precisa adotar atitude desenvolvimentista, não só no incentivo à exportação, mas também no controle e na regulamentação da importação desordenada.

Essa nova atitude, que não pode ser confundida com o velho protecionismo dos anos 1980, impõe que o Brasil tenha hoje um Ministério do Desenvolvimento mais forte que o da Fazenda. A parte financeira do País está resolvida. A força que terá o Ministério do Desenvolvimento no próximo governo, seja quem for o presidente eleito, será um bom indicador do caminho a ser seguido nos próximos anos.

O novo Brasil, mais do que nunca, precisa cuidar da soberania nacional, que exige controles serenos, porém rigorosos. A compra de terras e de reservas minerais por estrangeiros, por exemplo, está nesse contexto. Os chineses estão comprando minas e grandes áreas nas novas fronteiras agrícolas. Nenhuma objeção quando as aquisições partem da iniciativa privada externa, mas tudo a contestar se elas vêm de Estados estrangeiros.

'Primitivismo estarrecedor', expressão usada por um crítico, ou ‘imaturidade estratégica', empregada por outro, seria ficar de braços cruzados e nada fazer para conter importações desordenadas ou para segurar o avanço estatizante estrangeiro. Se não queremos o Estado brasileiro controlando minas e comprando terras, muito menos podemos aceitar isso por parte de Estados estrangeiros.

Soberania não combina com as ingênuas neuroses antinacionalistas do passado, como as que também estão por traz das críticas ao Bndes. Neuroses do tempo em que os brasileiros não tinham autoestima e zombavam do próprio destino ao aceitar o rótulo de país de um futuro que nunca chegava.

Diretor-presidente da CSN, presidente do conselho de administração da empresa e primeiro vice-presidente da Fiesp

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Boom imobiliário atrai investidor para fundos

Mercado cresce com rendimento de até 1,1% ao mês e aplicação a partir de R$ 1.000,00

O boom imobiliário brasileiro é uma realidade. Mas qual caminho seguir para pegar uma carona no aquecimento do setor: comprar um imóvel ou investir em papéis que acompanham o mercado imobiliário? A resposta depende dos incentivos fiscais e da combinação de inúmeras variáveis: estômago para risco, montante disponível para investir, prazo até o resgate e, finalmente, aptidão (mais vontade, tempo e conhecimento) para prospectar oportunidades imobiliárias.

Quem tiver pouco dinheiro já pode desistir da ideia de comprar um segundo imóvel se ele representar a maior parte do montante disponível para investir, afirma Luiz Calado, autor de Imóveis: Seu Guia para Fazer da Compra e Venda um Grande Negócio. Além de concentrar o risco em uma só aposta, o processo de imobilização - e depois desimobilização - é caríssimo no Brasil: custa 6% de corretagem e até 3% de ITBI, além do custo de cartórios.

Por outro lado, o fundo segue a valorização dos imóveis e permite aporte a partir de R$ 1.000,00 em empreendimentos de alto valor, mais escassos e seguros. Segundo Sergio Belleza, consultor de investimentos imobiliários, os fundos rendem líquido (sem impostos) entre 0,7% e 1,1% ao mês, sem contar a valorização da cota. No caso dos imóveis físicos, a renda mensal com aluguel fica entre 0,6% e 0,7% do valor do imóvel e ainda paga IR de até 27,5% ao mês.

A maioria dos investidores pessoa física só conhece o mercado residencial de imóveis, mas o setor comercial (escritórios, shoppings, hospitais) foi o que primeiro reagiu no Brasil. O segmento é o preferido dos fundos. O aluguel de escritórios de alto padrão subiu 34,5% nos últimos três anos em São Paulo e 63,16% no Rio de Janeiro, segundo a consultoria Jones Lang LaSalle. Pelo expertise, o fundo cobra taxa de administração média anual de 0,5%. Também não permite ao investidor que participe da prospecção de negócios e da gestão.

No setor residencial, o preço do metro quadrado vendido nos lançamentos saltou 32,33% em São Paulo nos últimos três anos, de acordo com a consultoria Embraesp. "Uma das maneiras de ganhar dinheiro com imóvel é comprar algo degradado, depois fazer uma boa reforma e vender. Isso você não tem em um fundo'', diz Calado.

Para quem vai comprar o primeiro imóvel, há a ressalva de que ele reduz a despesa com aluguel e se transforma em hedge (proteção) dos gastos com habitação. "Ninguém vai morar em um fundo de investimento. Mas o mercado vive uma grande euforia imobiliária. A chance de as pessoas comprarem algo equivocado é alta. São sempre transações grandes. As pessoas não têm experiência com imóvel.'

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Fundos de investimento para energia

Um dos problemas que mais dificultam a concretização dos projetos de energia alternativos aos grandes empreendimentos, principalmente os das Pequenas Centrais Hidrelétricas, é a falta de financiamento porque, geralmente, eles não têm as garantias reais exigidas pelos financiadores como o Bndes. Uma solução para ultrapassar este obstáculo está na criação de fundos de investimento aproveitando a abundância de investidores internacionais com dinheiro disponível para aplicar em novos projetos e ideias. "As empresas ainda estão muito dependentes de bancos de fomento e do Bndes - diz Fernando Flach, coordenador do setor de energia na OABRS e no Escritório Scalzilli -, mas aos poucos o País terá condições de receber investimentos externos."

Soja

O Rei da Produtividade de Soja no Brasil é Leandro Ricci, de Mamboré, no Paraná, que alcançou a impressionante marca de 108,4 sacas de soja por hectare (a média nacional é de 48,6 sacas/ha). Ele venceu o 1º Desafio Nacional de Máxima Produtividade, promovido pelo Comitê Estratégico Soja Brasil.

Fundos II

Para atender a projetos de energia alternativa, principalmente PCHs, estão sendo feitas modelagens jurídicas para bancos estrangeiros darem garantias e condições para o desenvolvimento de Sociedades de Propósito Específico (SPEs) através de um "project finance". O Scalzilli, a POA Investimentos e a XP Corretora estão constituindo Fundos de Investimento em Participação (FIPs), nos termos da Instrução Normativa 391, da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para viabilizar projetos da carteira de clientes na área de energia.

Fundos III

Os empreendimentos de geração de energia estão sendo enquadrados no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura (Reidi), seguindo os procedimentos previstos pelo Ministério das Minas e Energia, Aneel e Ministério da Fazenda. Com isso, já se obtiveram vantagens fiscais, como a suspensão do pagamento de PIS e Cofins sobre a aquisição de bens e serviços. Desta forma, o Rio Grande do Sul passará a ter maiores chances de concorrência com o Nordeste nos leilões oficiais de energia, pois lá existem muitos benefícios fiscais e incentivos que diminuem o preço final da energia ofertada. Depois, será preciso compatibilizar, também, custos administrativos. Flach diz que uma licença ambiental, no Nordeste, custa entre R$ 500,00 e R$ 800,00 e, aqui, R$ 80 mil.

Indiada na Expointer

A Indiada Moda Aventura estará na Expointer 2010, que iniciará, sábado, em Esteio, em espaço especialmente construído, na pista G, próximo ao galpão da ABCCC. Os sócios Bento Corbetta Ribeiro e Lucas Cuervo Moura, que criaram sua moda com base nas aventuras que fizeram por lugares como Moçambique, Marrocos, Chile, Argentina e as mais remotas cidades do interior brasileiro, comemoram crescimento de 150% da empresa em um ano e a presença em lojas em oito estados brasileiros.

Rodovias

O Fórum de Infraestrutura das Entidades da Engenharia debateu, no início da semana, o programa de concessões rodoviárias do Estado. O diretor regional da Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias e presidente da Associação Gaúcha das Concessionárias de Rodovias, Paulo Oiama, disse que, diante do elevado volume de recursos necessários para a execução de investimentos em infraestrutura, é preciso mobilizar todos os instrumentos possíveis para suprir a demanda, incluindo, além de verbas orçamentárias, empréstimos de organismos financeiros do País e do exterior e institutos como as concessões e as Parcerias Público-Privadas.

Gadolando

Pelo terceiro ano consecutivo, a Associação de Criadores de Gado Holandês-RS realiza a entrega do Prêmio Exceleite durante a Expointer. Também pelo terceiro ano consecutivo entregará um carro zero- quilômetro ao primeiro lugar da Suprema Exceleite, no dia 3, às 14h.

Ibravin

O Instituto Brasileiro do Vinho ainda comemora o sucesso da participação de vinícolas gaúchas na 30ª Convenção Anual do Atacadista Distribuidor, entre os dias 16 e 19, em Curitiba. O Ibravin levou 11 vinícolas associadas para mostrar seus vinhos: Gran Legado, Góes e Venturini, Casa de Madeira, Domno do Brasil, Irmãos Molon, Campestre, Miolo, Perini, Vinhos Canção, Campo Largo e Garibaldi.

Energias renováveis

Estão confirmados os primeiros palestrantes do evento Energias Renováveis no Cone Sul - Fórum e Exposição, que está sendo preparado para reunir em torno de 2.000 participantes, em Porto Alegre, entre os dias 13 e 15 de outubro. A promoção é da Câmara de Comércio Brasil- Portugal/ Rio Grande do Sul e do governo do Estado.

O dia

• O Sindimóveis-RS promoverá palestra sobre o tema "Transcendendo Limites", com Rudson Borges, vice-presidente da Associação Brasileira de Consultores e Treinadores de Vendas, às 19h, no Hotel Embaixador.

• O Sesc/RS e a Fehosul lançarão a 5ª Olimpíada e Rainha da Saúde, às 8h30min, no Restaurante Solarium, avenida Alberto Bins, 665.

• A jornalista Miriam Leitão lançará, na Saraiva MegaStore do Praia de Belas Shopping, às 19h, o livro ‘Convém Sonhar', da Editora Record. No 2º piso, avenida Praia de Belas, 1.181.

• Até dia 31 dá para visitar a exposição Desenhar no Espaço, com 88 obras de dez artistas exponenciais do abstracionismo no Brasil e na Venezuela, na Fundação Iberê Camargo, avenida Padre Cacique, 2.000.

• O professor José Fernando Piva Lobato, mestre em bovinos, dará uma aula, sábado, sobre avaliação de reprodutores, na Expointer. Promoção da Comissão das Produtoras Rurais, na pista central, às 14h30min.

• O 1º Movimento pela Vida Saudável acontecerá, domingo, na Galeria Goethe, avenida Goethe, 38, sob coordenação da terapeuta ocupacional Mahrilia Conde Albite Silva, com entrada franca. Começará às 9h30min.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

CONSTRUÇÃO CIVIL . . .

O Índice Nacional de Custo da Construção - Mercado (INCC-M), que mede a inflação na construção civil, subiu 0,22% em agosto, abaixo do resultado de julho, quando avançou 0,62%, segundo informou nesta quinta-feira (26) a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Até agosto, o INCC-M acumula alta de 6,18% no ano e de 6,80% em 12 meses.

Esta foi a oitava divulgação mensal isolada do indicador, que representa 10% do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) e era sempre era anunciado juntamente com o próprio IGP-M. Ao detalhar o desempenho do INCC-M em agosto, a FGV informou que os preços de materiais e equipamentos subiram 0,32% no mês, sendo que, em julho, a inflação deste segmento foi de 0,53%. Já os preços dos serviços aumentaram 0,60% em agosto, ante 0,27% em julho. Os preços de mão de obra subiram 0,06% este mês, após registrarem alta de 0,77% em julho.

Desde janeiro, a FGV, que calcula os Índices Gerais de Preços (IGPs), anuncia o desempenho do INCC-M isoladamente, antes da divulgação do IGP-M. A fundação lembra que o INCC-M é calculado com base nos preços coletados entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência, assim como o IGP-M.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Operações Nacionais e Internacionais


Agora é pra Valer

Comentários sobre Operações Nacionais e Internacionais.

Notícia importante para qualquer pessoa envolvida com negociações de
papéis (ativos) e comodities, envolvendo tanto compradores quanto
vendedores, sobrando ainda para os intermediários.

De agora em diante, se um ICPO, LOI, RWA, BCL ou qualquer documento
legal for emitido e o produto não existir, o comprador deverá informar
o ICC, Banco Central do Brasil, USA, Banco Central Europeu, a
Interpol, Central Intelligence Agency (CIA).

Além disso, depois de um FCO ser enviado para o COMPRADOR, o mesmo
deverá dar resposta formal ao VENDEDOR.

Se não houver resposta do comprador, a empresa vendedora também deverá
comunicar ao FBI, o ICC e da Interpol. As partes infratoras serão
também noticiadas por abuso do NCND, LOI, ICPO E RWA OR BCL.

Os governos da América do Sul, Europa, Estados Unidos e outros países,
de agora em diante consideram tais atitudes irresponsáveis como uma
ofensa FEDERAL.

Favor avisar a todos os escritórios e profissionais que atuam nesse mercado.

A partir de agora, as legislações internacionais serão aplicadas
rigorosamente, visando punir e excluir do mercado todos os intrusos
que mandem informações falsas. Aqueles que apresentarem documentos
falsos como: NCND / IMFPA, LOI, ICPO, RWA, BCL, FCO, bem como FALSAS
PROVAS DE PRODUTO serão acusados de crime.

Este decisão entrou em vigor em 17 de Agosto de 2010 ( Lei elaborada
em 11 de Novembro de 2008 ) após uma reunião realizada entre o Banco
Central do Brasil , USA, Banco Central Europeu, a Interpol, Federal
Bureau of Investigation (FBI) e Central Intelligence Agency CIA).

Esta medida visa proteger as negociações com comodities e com os
ativos em papéis, que é uma parte importante da economia mundial.

O CUSIP NÃO MAIS INFORMARÁ DADOS DE CARTULARES. O INTERESSADO DEVE
SE DIRIGIR PESSOALMENTE AO DEPARTAMENTO JUNTO AO BC

Banco Central do Brasil

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Crise consolida Brasil como 8ª economia

A crise espanhola permitiu que o Brasil se firmasse na oitava posição entre as maiores economias do mundo. Com base em números oficiais, o jornal econômico espanhol Expansion revelou que o ranking das maiores economias foi bastante modificado com a crise global nos últimos dois anos.

A China ultrapassou o Japão e agora se tornou a segunda maior economia do mundo. Já o Brasil supera a Espanha e é a oitava potência, em termos de Produto Interno Bruto (PIB) nominal. Com base nos números do primeiro semestre, o PIB brasileiro seria de US$ 1,8 trilhão, ante US$ 1,5 trilhão da Espanha. Segundo o jornal, a Espanha chegou a ficar na sétima posição em 2007, quando ainda vivia um boom econômico. Mas, com 20% de desemprego, um déficit colossal e uma economia estagnada, perdeu posições.

Já dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), organizados por Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, indicam que a ultrapassagem da Espanha pelo Brasil teria acontecido ainda em 2009. Mas a persistência da crise nos países ricos e a rápida recuperação dos emergentes, como o Brasil, fizeram com que a diferença entre os dois países disparasse em 2010.

Em 2009, segundo os dados do FMI, o Brasil, com PIB de US$ 1,57 trilhão, estava na oitava posição do ranking, mas colado na Espanha, que era a nona colocada, com US$ 1,46 trilhão. Já a projeção do FMI para 2010 joga o PIB brasileiro para US$ 1,91 trilhão, bem acima do US$ 1,56 trilhão previsto para a Espanha.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

ISSO QUE É TURISMO . . .

No Brasil, se fala muito em turismo e hotelaria, mas pouco se faz, concretamente, para alcançar números como os de Nova Iorque, que acaba de fechar o primeiro semestre deste ano com um recorde de 23,5 milhões de turistas e crescimento de 6,8% na ocupação hoteleira. A cidade pretende chegar a 50 milhões de turistas até o final do ano. O Brasil inteiro não chega a 10 milhões de turistas. Os entraves e o potencial de desenvolvimento do mercado brasileiro de hotelaria e turismo para os próximos anos serão um dos temas a serem debatidos pelo gaúcho Alexandre Gehlen, diretor da rede InterCity, no 52º Congresso Nacional de Hotéis, hoje, no Rio. Gehlen, criador de uma rede de 16 hotéis, é o idealizador do conceito “hotelaria inteligente”.

Pleitos

O Sinduscon-RS iniciou, ontem, o ciclo de debates com os candidatos ao governo do Estado, durante almoço na sede da entidade. O sindicato está entregando aos candidatos documentos com suas reivindicações. Os construtores querem, entre outras coisas, que as empresas gaúchas deixem de ser alijadas na contratação das obras dos mais importantes empreendimentos industriais privados que sejam executados com o apoio de incentivos fiscais, tributários e creditícios concedidos pelo governo estadual. No segmento de obras públicas, querem a criação de um “Banco de Projetos” em cada área prioritária, como educação, saúde, sistema penitenciário, saneamento, energia e habitação.

Candiota III

O ministro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, estará, amanhã, em Candiota, visitando as obras da usina termelétrica a carvão Candiota III (Fase C), da Eletrobras-CGTEE. O empreendimento, de R$ 1,3 bilhão e que vai gerar 350 MW, será inaugurado dentro de 30 dias. Depois, o ministro irá a Livramento, para início das obras do Complexo Eólico Cerro Chato, da Eletrosul.

Navegação mundial

A duplicação do Canal do Panamá, que deverá estar concluída em dois anos, criará uma nova realidade para a navegação mundial, atraindo para aquela passagem entre o Atlântico e o Pacífico também grandes cargueiros, acima das 60 mil toneladas. Isto representará um esvaziamento ainda maior do tráfego marítimo do Sul, podendo prejudicar seriamente os portos deste hemisfério, inclusive o porto do Rio Grande, se não houver uma reação conjunta.

Navegação II

A advertência é do presidente da ABTP, Wilen Manteli. O Brasil, além de criar condições melhores para os seus portos, deveria incentivar a África do Sul a tirar do papel os dois grandes portos de águas profundas que estão planejados para aquele país. Desta forma se criaria a alternativa para os navios de maior porte fazerem o transporte do crescente comércio entre a Ásia e os países abaixo da linha do Equador por esta rota Meridional. Manteli defenderá esta iniciativa como um dos debatedores do I Seminário Portuário Público-Privado Latino–Americano que se encerrará, amanhã, no Rio de Janeiro.

O Dia

  • Rafael Wainberg e Luiz Roberto Rodrigues, diretores do Grupo Wainberg, receberão jornalistas para conversar sobre as novidades da rede Rainha das Noivas, às 10h, no La Pizza Mia, loja 1 do prédio 3 do Shopping Total.
  • O diretor médico do Centro Clínico Gaúcho e presidente da Abramge-RS, Francisco Antônio Santa Helena, e o superintendente Carlos Eduardo Ruschel acompanham o 15º Congresso da Associação Brasileira de Medicina de Grupo, no Rio.
  • Desonerar o custo final das habitações populares é o objetivo do projeto de lei que o prefeito José Fortunati assinará, às 10h30min, no Salão Nobre do Paço Municipal.
  • Bento Gonçalves será sede de uma reunião da Confederação Nacional das CDLs, que reunirá presidentes de federações de todo o País, na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bento Gonçalves, sob o comando de Roque Pellizzaro Júnior.
  • Jane de Mello Manssur, coordenadora do Núcleo RS da Escola Nacional de Seguros, será a palestrante do almoço das Seguradoras, às 12h, no Veleiros do Sul, avenida Guaíba, 2.941.
  • Almoço da ADCE terá palestra do Irmão Inácio Etges, Provincial e presidente das Mantenedoras Maristas, que falará sobre os 110 anos de presença maristas no Estado, às 12h, no restaurante Grelha do Porto, rua José de Alencar, 1.057.
  • O ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, será o palestrante do almoço da CIC Caxias do Sul, às 12h15min.
  • Primeira reunião do Grupo de Estudos sobre a Argumentação Jurídica, às 12h30min, no Iargs, travessa Acelino de Carvalho, 21, 4º andar, com palestra do advogado Marcelo Garcia da Cunha.
  • Abertura da nova Nocturne Store de Porto Alegre, com moda feminina, às 18h, na rua Ramiro Barcelos, 1.221, Moinhos de Vento.
  • O Centro de Recuperação e Estudos da Obesidade comemorará 21 anos com jantar light, na Sociedade Libanesa, às 20h.
  • Jorge Bischoff fará lançamento da coleção Primavera-Verão 2011, às 16h, no Moinhos Shopping.
  • O historiador Sérgio da Costa Franco autografará seu Dicionário Político do Rio Grande do Sul, às 19h, na livraria Nova Roma, na rua General Câmara, 394.
  • Lançamento do livro Tutelas de Urgência e Processo Cautelar, de Jaqueline Mielke da Silva e Donaldo Armelin, às 19h, no 2º andar da OAB-RS.
  • Coquetel italiano na Vinhos do Mundo, com degustação cinco vinhos do Castello di Corbara, na avenida Carlos Barbosa, 425 e na avenida Cristóvão Colombo, 1.493, às 16h.
  • O subsecretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Antônio Roberto Sá, falará sobre sua Polícia Pacificadora, na Comissão Especial de Políticas Criminais e Segurança Pública da OAB-RS, às 18h, rua Washington Luiz, 1.110 – 2º andar.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

VINHOS BRASILEIROS SAFRA 2010

Enólogos confirmarão qualidade da safra 2010

A qualidade dos vinhos brasileiros da safra 2010 começará a ser conhecida, hoje, em Bento Gonçalves, onde 87 enólogos de todo o País estarão reunidos, na sede da Embrapa Uva e Vinho, começando a degustar, às cegas, 261 amostras inscritas na 18ª Avaliação Nacional de Vinhos. Teoricamente, já se diz que a safra é muito boa. O trabalho durará três semanas.

Enólogos II

As 261 amostras foram inscritas por 55 vinícolas instaladas em regiões produtoras de sete estados brasileiros - Bahia (3), Minas Gerais (5), Paraná (1), Pernambuco (6), Rio Grande do Sul (232), Santa Catarina (12) e São Paulo (2). Com esta representatividade, a avaliação cumpre seu papel de examinar a produção vitivinícola brasileira. Os 30% mais representativos e os 16 vinhos selecionados como os melhores serão divulgados, dia 25 de setembro, quando 750 avaliadores, do País e do estrangeiro, provarão os 16. A promoção é da Associação Brasileira de Enologia, hoje presidida por Christian Bernardi, desde 1993.

Gramado

Mauro Valmórbida foi reempossado presidente-executivo do Convention & Visitors Bureau de Gramado e Canela. Vice-presidente é Gilberto Tomasini.

Superação

Durante a Febratex 2010, que terminou, sexta-feira, em Blumenau, a catarinense Audaces - empresa especializada em soluções para automação dos processos produtivos de confecções - superou as mais otimistas expectativas para o evento. Clientes de todos os estados brasileiros, da Argentina, do Uruguai e do Chile, entre outros, compraram seus softwares de confecção ou fizeram encomendas, as quais levam os diretores a acreditar que aumentarão o faturamento em 70% ainda em 2010. A Audaces já exporta para mais de 30 países.

Superação II

Os números finais da Febratex não estavam consolidados quando concluímos a coluna de hoje, mas o presidente da Fcem, promotora da feira, Hélvio Roberto Pompeo Madeira, informou que os resultados superaram os da edição anterior, em 2008. Mais de 85 mil pessoas visitaram os estandes e os expositores, satisfeitos, confirmaram vendas de máquinas que podem ter superado a casa dos R$ 1,5 bilhão. Houve, também, outras boas notícias, como a do diretor de Marketing da coreana Hyosung do Brasil, que anunciou a inauguração, em 2011, de sua fábrica em Santa Catarina, com investimento de R$ 100 milhões.

Mão de obra

O risco de invasão de profissionais estrangeiros, em função do atual aquecimento da economia brasileira e dos maciços investimentos para recuperar o atraso do Brasil na área de infraestrutura, logística e outros setores, como a própria indústria têxtil, começa a preocupar lideranças de entidades do setor. A estimativa é de que serão necessários cerca de 150 mil trabalhadores de nível superior vindos de fora, para atender a demanda dos próximos cinco anos, especialmente de formação tecnológica. O diretor da Confederação Nacional das Profissões Liberais - CNPL, o gaúcho Carlos Alberto Schmitt de Azevedo, admite que esta perspectiva gera apreensão, mas reconhece que em grande medida ela decorre da falta de interesse dos jovens pelas profissões tecnológicas ao longo dos anos de baixo crescimento econômico - a chamada
"década perdida".

Mão de obra II

Agora, a retomada da indústria da construção civil, construção naval, mineração e outros segmentos faz com que a oferta destes profissionais seja insuficiente, fato agravado pela defasagem que se criou na capacidade de formação dos estabelecimentos de ensino. A solução do problema consistirá na ampliação dos investimentos na universidade pública e na expansão das instituições privadas, priorizando-se também a integração com o setor produtivo na adequação dos currículos. Quanto ao ingresso de técnicos estrangeiros, deverá haver maior controle para que não venham a ocupar funções que possam ser preenchidas por mão de obra nacional.

Contra

O ministério da Fazenda baixou portaria que, entre outros objetivos, visa a apressar o trabalho da Receita Federal. Estabelece o prazo de oito dias para que os auditores fiscais se manifestem sobre a documentação entregue pelo contribuinte. O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas Tributários da Receita Federal do Brasil (Sindireceita), Hélio Bernades, manifestou-se contra. "Diante de cenário de escassez de mão de obra que permeia todo o serviço público, estabelecer prazos, única e simplesmente, não alcançará o resultado pretendido", comentou.

Árabe

A qualificação funcional dos cavalos da raça árabe estará em evidência na I Exposição Nacional do Cavalo Árabe de Esportes, entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro, no Parque Assis Brasil, em Esteio, durante a Expointer 2010. A informação é de José Antônio Jacovas, presidente da Associação Gaúcha do Cavalo Árabe.

Calçados

A RBA Publicidade, de Novo Hamburgo, está à frente da campanha Verão 2011 da Luz da Lua, marca feminina de calçados e acessórios.

O Dia

• Aula de culinária com o chef Jorge Nascimento no supermercado Nacional Menino Deus, às 17h.

• Até amanhã, a Fenac, em Novo Hamburgo, será sede da Febraesp - Feira Brasileira do Esporte. A Marpa - Marcas, Patentes e Inovações prestará assessoria gratuita no registro de marcas e patentes no Brasil e exterior.

• O Escritório de Turismo da República Dominicana no Brasil promoverá, às 18h, no Hotel Plaza São Rafael, mostra de suas atrações turísticas

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

LTNs e LFTs

Como toda grande empresa que precisa se financiar, o Governo Federal emite títulos para captar recursos no mercado. Os dois principais títulos são chamados de Letras do Tesouro Nacional (LTN) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

As LTN são papéis de perfil prefixados, ou seja, tem pré-estabelecida a taxa de juro que será paga ao vencimento; e as LFT têm perfil pós-fixados, corrigidos pela taxa Selic (indicador da taxa de juros básica da economia).

Esses títulos são leiloados toda semana pelo Governo e, segundo analistas, são opções atrativas para as instituições financeiras. As LTN e TFT são emitidas apenas para captações feitas no mercado interno.

Veja como funciona esse sistema: o Governo precisa de capital para honrar suas dívidas tanto de longo, como de curto prazo. Só que não é capaz de gerar receita suficiente para honrar todos esses compromissos. Então, vai ao mercado e faz uma oferta de títulos com taxas pós ou prefixadas.

As instituições financeiras interessadas compram esses títulos, emprestando dinheiro ao Governo para que honre suas dívidas. Depois, colocam os papéis nas carteiras dos fundos de investimento.

As LTNs e LFTs têm prazo preestabelecido de vencimento, em geral de 180 ou 360 dias. No entanto, com a queda constante de juros e a melhora no cenário interno, o Governo vem tentando alongar mais os prazos de vencimento, o que todos chamam de “mudança do perfil da dívida interna”.

De acordo com analistas consultados pelo InvestShop.com, há uma tendência no curto prazo de que o Tesouro lance títulos de até dois anos. No entanto, a dívida do governo ainda tem um perfil de curtíssimo prazo.

Para o Governo, o mais interessante no atual momento é leiloar papéis prefixados. Isso porque o título prefixado oferece menos riscos quanto à variação da taxa de juros. Já para o mercado, é interessante também pois há tendência de queda maior de juros, o que proporciona maior ganho para os compradores desses papéis.

Entenda o que significa cada sigla:


LTN: Sigla para Letras do Tesouro Nacional. Título de dívida prefixado usado pelo Tesouro como instrumento de captação de recursos.


LFT: Sigla para Letras Financeiras do Tesouro. Trata-se de uma modalidade de empréstimo do Governo brasileiro, na qual ele lança LFTs no mercado para captar recursos. As instituições financeiras interessadas compram essas LFTs (portanto cedendo dinheiro ao Governo) e as resgatam no período e valores previamente combinados. Estes papéis são pós-fixados, rendendo a taxa acumulada no mercado Selic.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fabricantes de máquinas esperam repetir recorde


Depois de bater um recorde de faturamento na Expointer 2009, quando alcançou R$ 795 milhões em vendas, o setor de máquinas mantém o otimismo para a feira deste ano, com expectativa de pelo menos repetir os resultados do ano passado. A manutenção do programa Mais Alimentos, do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e a recente reação dos preços da soja são apontados como principais fatores para o bom desempenho.

O presidente do Sindicado da Indústria de Máquinas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, disse que o aumento do teto individual do Mais Alimentos para R$ 130 mil e a possibilidade de formar grupos para financiamentos com crédito de até R$ 500 mil devem incentivar ainda mais a compra de maquinário agrícola. A expectativa em relação ao incremento nas vendas de máquinas durante a Expointer 2010 levou a entidade a pedir ampliação dos espaços destinados aos expositores. “No ano passado 30 empreendimentos ficaram de fora, mas para esta edição conseguimos acomodar todos”, comemorou Bier. A feira deste ano contará com 131 expositores de máquinas e implementos agrícolas.

A John Deere está apostando forte nos lançamentos que serão apresentados durante a mostra de Esteio. “Temos uma série de produtos novos e uma colheitadeira que se enquadra no Mais Alimentos”, afirma o diretor de vendas, Werner Santos. O dirigente afirmou que a manutenção do PSI até dezembro deste ano tem levado muitos agricultores a antecipar as compras. “É preciso aproveitar as taxas de juros reduzidas, fixadas em 5,5% ao ano”, destaca. O diretor comercial da New Holland, Luis Feijó, compara o cenário atual com o do ano passado. “Se em 2009, quando estávamos saindo da crise, as vendas foram boas, mas a tendência agora é melhorar ainda mais, tanto em tratores quanto em colheitadeiras.” Conforme a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas de máquinas agrícolas cresceram 51,7% em todo o País durante o primeiro semestre de 2010, em comparação a igual período em 2009. E Feijó acredita que no segundo semestre o mercado deva crescer 20% a 25% em vendas.

No primeiro semestre, o setor vendeu 34.982 máquinas agrícolas, ante 23.058 registradas no primeiro semestre de 2009, quando a crise internacional limitava as vendas internas. A demanda por tratores de pequeno porte, que alimentaram o comércio no ano passado, continuou alta, com incremento acima da média para as máquinas maiores. As colheitadeiras tiveram alta de 57%. Para continuar elevando as vendas no segundo semestre, a indústria terá de distribuir mais de 32.254 máquinas até dezembro, marca atingida nesse período em 2009.

“Chegamos com boas expectativas para a Expointer. O movimento nos mercados interno e externo nos deixa otimista e por isso trabalhamos com a manutenção dos bons resultados obtidos durante o primeiro semestre do ano para o restante de 2010”, afirma o diretor de marketing da AGCO para América do Sul, Fabio Piltcher. O otimismo, segundo ele, é reforçado pelos números obtidos pelas concessionárias Massey Ferguson neste primeiro semestre. Nos seis meses foram comercializados 8.890 tratores, alta de 57,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na Valtra, outra marca da AGCO, o coordenador comercial João Luiz Ribeiro da Silva concorda que o momento é favorável para o setor de máquinas e diz que, apenas no primeiro semestre de 2010, a empresa teve um incremento de 25% em vendas, puxado também pelo Mais Alimentos. “Estamos com modelos de alta especialização”, reforça.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Sustentabilidade

Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.

A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.

Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista 4 requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser:

  • ecologicamente correto;
  • economicamente viável;
  • socialmente justo; e
  • culturalmente aceito.

Um exemplo real de comunidades humanas que praticam a sustentabilidade em todos níveis são as ecovilas.


O que é Sustentabilidade

Colocando em termos simples, a sustentabilidade é promover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas".

Sustentável” provém da palavra latina “sustinere”, e significa “manter vivo”, “defender”. Este conceito, de interpretação dinâmica, teve várias versões ao longo dos anos, sendo o âmbito económico, o que enquadrou a definição no ano de 1972, “restituir os recursos consumidos pelas organizações”. Na Cimeira da Terra (Earth Summit), no Rio de Janeiro, em 1992, contextualizou a sustentabilidade como um efeito sobre o futuro, por acções praticadas no presente, ou seja “as consequências da economia têm efeito sobre futuras gerações”. Em 2002, em Joanesburgo, durante a Cimeira da Terra, foram-lhe conferidas três dimensões, que se mantém como a abordagem actual. Uma dimensão económica, uma social e outra ecológica, em que a económica representa a abordagem central, seguindo-se concentricamente, a abordagem social e mais externamente, a ecológica, sendo esta a dimensão agregadora. A sustentabilidade adquiriu, assim, uma visão mais ampla do mundo, congregando duas grandes ideias: a sustentabilidade fraca e a sustentabilidade forte. A primeira representa a definição de sustentabilidade, defendida em 1972, em que a única preocupação é a de devolver o que se consumiu. A segunda, adapta o consumo às exigências mais amplas, relacionando-o com a manutenção dos recursos naturais, tendo efeitos de externalidades, do ponto de vista económico, sobre o capital humano, financeiro, ambiental…

O termo original foi criado para o uso da reciclagem "desenvolvimento sustentável," um termo adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas pessoas hoje, referem-se ao termo "desenvolvimento sustentável" como um termo amplo pois implica desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento. "Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo para todas as atividades humanas.

Na economia, crescimento sustentado refere-se a um ciclo de crescimento econômico real do valor da produção (descontada a inflação), sendo portanto relativamente constante e duradouro, assentado em bases consideradas estáveis e seguras.

Desenvolvimento econômico sustentável dito de outra maneira é aquele em que a renda real cresce pelo crescimento dos fatores produtivos reais da economia e não em termos nominais. Isso seria um crescimento insustentável porque se estaria apenas jogando dinheiro na economia gerando uma riqueza momentânea que os agentes econômicos ao notarem que não há em contrapartida produção equivalente a esse ganho de renda artificial ajustam seus preços o que causa por sua vez inflação.

A Gestão Sustentável é uma capacidade para dirigir o curso de uma empresa, comunidade, ou país, por vias que valorizam, recuperam todas as formas de capital, humano, natural e financeiro de modo a gerar valor ao Stakeholders (LUCRO). A Gestão de processos deve ser vista sempre como um processo evolutivo de trabalho e gestão e não somente como um projecto com inicio, meio e fim. Se não for conduzida com esta visão, a tendência de se tornar um modismo dentro da empresa ou do país e logo ser esquecida ao sinal de um primeiro tropeço é grande. Muitos esforços e investimentos têm sido gastos sem o retorno espectável.

Se pensarmos que 10% de tudo o que é extraído do planeta pela industria (em peso) é que se torna produto útil e que todo o restante é resíduo, torna-se urgente uma Gestão Sustentável que nos leve a um consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e materiais tóxicos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objectos económicos, financeiros, ambientais e sociais.

A Sustentabilidade e a Estratégia das Organizações

A ideia de "Sustentabilidade" começa a adquirir contornos de vantagem competitiva, em interação com os temas de gestão, no sentido de serem organizadas cadeias de sentido, e não só de valor, numa orientação que garanta a sobrevivência e o crescimento da organização, a longo prazo. Essa ideia, permitiu a segmentação de alguns mercados, nomeadamente o da energia, com o surgimento das energias renováveis. A sustentabilidade, criou esta vantagem competitiva, numa clara inovação do mercado, em contexto internacional. Investir de uma forma “ética”, e sustentável, é uma motivação do futuro mercado SRI (Social Responsibility Initiative). Este conceito, está intimamente relacionado com o da responsabilidade social das organizações. É por isso, fundamental, de acordo com M. Porter, construir uma só estratégia, pois refere que “normalmente as companhias têm uma estratégia económica e um estratégia de responsabilidade social, e o que elas devem ter é uma estratégia só”. A ideia da sustentabilidade, como estratégia de aquisição de vantagem competitiva, por parte das empresas, é refletida, de uma forma expressamente declarada, na elaboração do que as empresas classificam como “Relatório de Sustentabilidade”. Uma consciência sustentável, por parte das organizações, pode significar uma vantagem competitiva, se a mesma for encarada, em primeira mão, como uma componente de uma só estratégia da organização, tal como defende Porter, e não como “algo” que concorre, à parte, com “a estratégia” da organização, como fazendo parte da política de imagem ou de comunicação.

A Sustentabilidade das Organizações Educativas

A sustentabilidade é uma palavra consideravelmente recente, relativamente ao sistema educacional, e tem vindo a alcançar significados muito diversificados na sociedade e cultura atual. Do latim, este termo origina-se da palavra “sustentare”, que encaminha para noções como: comportar, resguardar, auxiliar, colaborar, segurar, preservar em bom estado, fazer frente a, suportar.

Nas análises institucionais, o próprio conceito esteve quase sempre muito demarcado ao aspecto econômico, em particular no que se refere à dimensão financeira das organizações.

Durante muito tempo se considerou a sustentabilidade, como associada à viabilidade econômica das organizações e por muito tempo, a sustentabilidade de organizações sociais também esteve relacionada à eficiência econômica, e esta, por sua vez associada à captação de meios e recursos. Neste panorama, a sustentabilidade é atingida por meio da combinação das fontes de financiamento.

Este conceito tem evoluído desde a década de 1980, ascendendo de maneira clara e precisa, sobre a compreensão das organizações. A organização deve se adaptar às mudanças para ser sustentável, tendo em conta também aspectos referentes à cultura e à transformação das organizações. Se as necessidades sociais se vão modificando e moldando, as organizações devem auxiliar e acompanhar estas transformações para continuar a levar em conta o seu propósito social.

As instituições de ensino superior sustentável, procuram investir na qualidade da aprendizagem dos seus alunos, pois tem sob sua responsabilidade organizar e intervir na transmissão dos conhecimentos. A formação e a qualificação consagradas por ela, devem estar intimamente relacionadas com a realidade social, que se torna complexa, de uma forma gradual, e torna-se fundamental, aos novos profissionais, o crescimento de uma capacidade de resposta ativa, comunicativa, ponderada e autônoma.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

MERCADO CHINÊS

Empresários estão a um passo do mercado chinês
Seis empresas visitam a China para apresentar suas coleções


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Grupo assistiu a palestra durante um workshop de negócios realizado em Hong Kong

A inserção de marcas brasileiras de calçados no mercado da China está muito próxima de se tornar realidade. Desde a semana passada, um grupo de brasileiros, formado por representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) e de seis marcas nacionais, está realizando intervenções em Hong Kong e China, em missão prospectiva.

O roteiro inclui visitas às principais lojas de Pequim, Xangai e Hong Kong, onde serão recebidos por gerentes que explicarão o formato de compra e venda. Ontem, eles participaram do primeiro de uma série de três workshops que ocorrerão durante a viagem. "Planejamos toda a programação pensando em agregar conhecimento sobre o mercado e sobre a forma de fazer negócios na Ásia. O objetivo é que os representantes de cada marca estejam aptos a realizar todas as adaptações necessárias, tanto no produto quanto na forma de exportar para que possamos fazer um bom trabalho de inserção em Hong Kong e na China", explica Cristine Kopschina, consultora de marketing da Abicalçados.

Ontem, ocorreu a apresentação dos produtos das empresas Albanese, Anatomic & Co, Democrata, Dumond, Miezko e Via Uno. As marcas foram selecionadas para serem as primeiras a oferecer seus produtos aos chineses.

Os brasileiros permanecerão no país durante 15 dias para mostrar suas coleções a empresários locais, incluindo importadores e distribuidores. "Eles irão ouvir a opinião de cada um destes players sobre suas ofertas e trocar informações sobre características da distribuição local", destaca Heitor Klein, diretor-executivo da Abicalçados.

Esta é a segunda fase do projeto que visa a alavancar as vendas no exterior. A missão é a continuação de um trabalho iniciado em janeiro, quando uma equipe do Brazilian Footwear foi a Hong Kong, Pequim e Xangai fazer os contatos. "Foram coletadas informações sobre qual produto brasileiro se adequaria aos consumidores chineses", explica Klein. Segundo ele, tratam-se de calçados de alto valor agregado e com diferencial no design.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novos Tempos . . .

As eleições deste ano podem ser um divisor de águas na construção da democracia brasileira com uma participação maior da cidadania e a diminuição dos antigos vícios que enriquecem e felicitam alguns e infelicitam e empobrecem muitos. A sociedade está mais atenta, participativa e formando opinião em quem escolher para gerir os diversos níveis do Estado. Não deve estar fácil pedir votos seja para que cargo for. As pessoas estão mais aparelhadas para contestar, perguntar, debater, e decidir se apóiam ou não um candidato. Ninguém está com pressa de decidir, aprenderam no passado que essa correria só favorece os que desenvolveram técnicas, geralmente não éticas, para se perpetuar no poder. Há candidatos que fogem de determinados temas como o gato escaldado de água fria, não quer se comprometer porque sabe que para agradar uns é preciso desagradar outros e essas raposas querem os votos de todo o galinheiro. Assim, respondem com uma generalidade estonteante a perguntas como aborto, pena de morte, fim do bolsa família, casamento gay, criação de novos estados no Brasil, política externa, privatização, aparelhamento da máquina estatal com cabos eleitorais, combate ao desmatamento e outros temas chamados de sensíveis. Para isso treinam e treinam com suas assessorias respostas para qualquer pergunta que possa ser embaraçosa. Todos os dias, antes de fazer a peregrinação se exercitam na arte de falar o óbvio ululante e não se posicionar claramente diante dos desafios nacionais. Por que não se comprometem pelo a submeter esses temas polêmicos a uma consulta popular como o plebiscito ou o referendo? Podem desagradar a bancada religiosa, ruralista, industrialista, desenvolvimentista, esquerdista, direitista, atéia, conservacionista ou qualquer outra. Uma decisão popular não é fácil de manipular, por isso é preferível que os grande temas sejam decididos nos petits comitês nos escritórios reservados ou nos restaurantes da moda durante a madruga,

Não interessa para os que pretendem deter o poder em benefício próprio, ou ao grupo a que pertencem a participação popular direta nas decisões governamentais. Isso tiraria o poder de barganha que os torna os intermediários entre o poder e a realização da ação do Estado , ou seja a democracia representativa. A democracia direta os enfraquece e se começa a questionar porque se gasta tanto com eles. Membros do executivo e do legislativo se tornam verdadeiros tutores da população como se esta fosse uma incapaz e por isso precisa de suas atuações. Os mecanismos hoje existentes foram urdidos ao longo dos últimos 25 anos para impedir uma participação do cidadão nos destinos nacionais. Ele vota e pronto. Assina um cheque em branco que os detentores dos poderes usam e abusam ao longo de 4 anos e o saldo não termina nunca, uma vez que são criativos e inventivos. Embaralham de uma tal forma as coisas que mesmo os que se esforçam para acompanhar as decisões desses poderes se perdem em um cipoal sem saída. Com o tempo alguns desistem e a grande maioria não se lembra nem do nome da pessoa para que assinou o cheque em branco. Não é má vontade, falta de cidadania, incapacidade intelectual, mas a forma que o poder está estabelecido que conduz a esse marasmo, onde o cidadão é um mero expectador do desenrolar de uma tragicomédia e sua obrigação é pagar a conta através dos impostos.

Há alguma coisa diferente desta vez. Temas como corrupção, desperdício de dinheiro público, grandes escândalos e grandes obras estão na boca de muita gente que antes não se envolvia. Já se pensa inclusive na escolha de membros para os parlamentos que redirecionem os legislativos como fiscalizadores do executivo e não em um bando de vendidos e tranbiqueirios que participam do poder decisório para mordiscar propinas habilmente enfunadas em paraísos fiscais, ou favores materiais que não constem das declarações de imposto de renda. O eleitor está ressabiado, cansado de ser enganado e querer agir de boa fé com quem não tem o menor parâmetro ético e moral. As pessoas estão se falando mais, agora tem a internet, e é possível, que o Brasil emirja melhor no final do ano. Há esperança no ar.


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Novo Códico Florestal