terça-feira, 31 de maio de 2011

A CIDADE NÃO É CINZEIRO.


Com o passar do tempo e algumas medidas, embora tímidas e insuficientes, diminuiu este tipo de sujeira na cidade em geral, mas com a lei que proíbe fumar dentro dos ambientes fechados, as frentes de grandes prédios se tornaram verdadeiros monturos. A diminuição de fumantes também contribuiu para a melhoria. O foco fica nas bitucas, por serem a principal sujeira.

Nenhum problema arraigado se resolve com facilidade, mas este não requer milhões de dólares para ser resolvido. Apenas um pouco mais de empenho das autoridades, especialmente dos prefeitos. Além da participação daqueles mais engajados nas questões sociais. Ainda que toda unanimidade seja burra, todos poderiam contribuir; especialmente os diretores de escolas, seus professores e os comerciantes.

Nos últimos anos, as matrículas de crianças em idade escolar chegaram a quase cem por cento no Brasil; o número de alunos universitários tem aumentado ano após ano. Nenhum desses indicadores tem contribuído numa mudança de comportamento dos brasileiros. Comprovado por quase cem por cento dos fumantes ainda atirando suas bitucas nas ruas. Um procedimento conhecido por todos é o “piteco” de dedo indicador para atirar a bituca longe. É muito difícil encontrar cinzeiros portáteis; eles existem e não são utilizados. Não escapam nem as calçadas de bares de luxo e de lojas chiques. Jardins e canteiros das cidades se tornaram verdadeiros cinzeiros. Como implícito antes, há exceção de pessoas, mas não há de classes sociais e de escolaridade.

Existem medidas que qualquer um poderia adotar. Por exemplo, a exposição de cartazes em locais de grande movimentação de pedestres ou de carros, a conservação ou limpeza dos postes de iluminação em frente ao comércio ou à residência. Distribuição de mensagens em panfletos, em aparente contradição, mas ninguém é obrigado a jogá-lo na rua.

Os comerciantes são os mais decisivos nesse processo de melhoria de limpeza das cidades. Deveriam manter as calçadas sempre limpas, com varrição com esmero algumas ao dia, com a retirada total da sujeira, sem jogar no meio-fio, como a maioria faz. E de tempo em tempo recolher papel de bala, palito de fósforo e pontas de cigarro. Além disso, todos deveriam colocar bituqueiras ou cinzeiros com areia na frente do estabelecimento para induzir o fumante a utilizar naturalmente.

Campanhas educativas periódicas nos meios de comunicação ficariam a cargo das prefeituras municipais. Com eventualidade, até os governos estaduais e o federal deveriam contribuir com outras campanhas mais abrangentes, que envolvessem os três “r” famosos, redução, reaproveitamento e reciclagem, além do Meio Ambiente.

Todos poderiam dar uma contribuição até as cidades se tornarem plenamente limpas. A ponta de cigarro é apenas a sujeira mais comum, mas nenhum objeto deve ser jogado nas ruas. Elementar. Jogar objetos nas ruas é uma conduta arraigada e grosseira, que precisa ser combatida com a mesma força com que ela teima em permanecer. Todos, por si mesmos, precisariam se tocar definitivamente de que rua não é cinzeiro nem lixeira.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

João e a Usiminas


João e a Usiminas

qui, 26/05/11 por mara.luquet | categoria ação, análises, cuidados, invstimentos | tags , , , , , , , , ,

No comentário de ontem falamos do ouvinte que quer investir todas as suas economias nas ações da Usiminas (USIM5). A ação está barata e se olharmos os relatórios de alguns analistas, vamos ver que o preço alvo para o papel chega a embutir uma valorização de mais de 90% se comparado ao preço que a ação foi negociada ontem.
Mas há alguns pontos a considerar, como falamos no boletim de ontem http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/mara-luquet/MARA-LUQUET.htm

1 – Ao investir todas as economias num único ativo, João está quebrando uma regra importante na cartilha de investimentos bem sucedidos: diversificar para diluir riscos. É claro que se a previsão se confirmar ele ganha uma bolada, mas caso contrário…

2- É claro que o João pode correr o risco, se ele tiver apetite para tanto, afinal o prêmio é tentador. Para tanto, o ideal é que mesmo em caso de perdas ou de muita espera até que o preço da ação chegue ao patamar esperado, João não sofra com as altas e baixas do mercado. Se ele não tiver compromissos com este dinheiro, melhor.

3- Há previsões otimistas para as ações da Usiminas, mas também há analistas mais cautelosos, como os da Ativa Corretora que dizem que o cenário de curto prazo é negativo para a siderurgia. Veja a análise aqui https://www.invistaativa.com.br/Documentos/Research/Relatorios/2011.05.19-DD.pdf

Anexei a análise da Link sobre os resultados da Usiminas no terceiro trimestre e dois stock guides com preço alvo de várias ações, inclusive Usiminas. Um da própria Link e outro da corretora Bradesco.
USIM5 – Resultado 1T11 – link

Link stockguide

Bradesco stockguide – maio2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Patentes no Brasil e na China


Na medida em que cresce o comércio entre o Brasil e a China, a Propriedade Intelectual torna-se ferramenta essencial nas negociações, escreve o ex-presidente do Inpi, o gaúcho Paulo Afonso Pereira. Mas há um abismo entre a cultura da propriedade intelectual na China e no Brasil, diz ele. Enquanto a China teve mais de 1 milhão de pedidos de invenções, modelos de utilidade e desenho industrial em 2010, no Brasil, o número de pedidos de patentes deve alcançar só 30 mil neste ano. “O principal indicador da produção tecnológica de um país é o registro de patentes, mas o índice real de crescimento do uso da tecnologia nacional são as patentes que efetivamente se tornaram produtos. Nisso o Brasil ainda é incipiente”, diz.

As marcas próprias

O Brasil subiu do 27º para o 24º lugar no registro de marcas, entre 2005 e 2009, segundo o diretor da Marca, Valdomiro Soares, citando a OMPI, entidade mundial do setor. Em 2010, foram 30 mil pedidos registrados e 3.620 patentes concedidas, liderados pelas marcas próprias. Registro de marcas
Perto de fechar o primeiro semestre, a Marpa já registrou expansão de 10% no número de depósitos de marcas e de patentes junto ao Inpi, com retorno além do esperado de 12 a 15% em todo ano, informa o diretor Valdomiro Soares. É reflexo de mudanças entre elas, de começar a participar em feiras estaduais.

Uma casa de risotos

A Risotto Mix, especializada em culinária rápida, quer inaugurar até o final deste ano mais duas unidades na região Sul, onde já está em Joinville. Entre as cidades prioritárias está Porto Alegre. A rede está presente hoje no País com mais de 40 operações, segundo seu empreendedor, Adenilson Soares.

Inspeção ambiental

Leitor Fernando Esbroglio escreve para dizer que a taxa de R$ 54,83 é só para inspeção veicular, informação confirmada pelo presidente do Detran, Alessandro Barcellos. Mas também a dos demais estados é só para ambiental. A inspeção técnica ainda não está regulamentada e não se sabe o que vai exigir.

Ânimos acirrados para as eleições

Presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS), José Luiz Azambuja, envia longa nota para responder a seu colega Joel Fischmann a propósito das eleições de 2º turno onde preside a chapa 1 para sua reeleição, já que no 1º turno ela alcançou apenas um voto a mais (765 x 764). Segundo ele, a chapa de oposição tem só 23 dos 76 nomes da diretoria atual, logo, não posssui maioria. Sobre as finanças, diz que, na sua gestão, o sindicato teve um superávit de R$ 5,5 milhões. Mais: uma vez eleita, sua chapa vai discutir com os associados o destino da área disponível junto à sede e para a qual existe um projeto “considerado impróprio” de Centro Profissional; que não acha má a ideia do Conselho de Usuários do Plano de Saúde e que só em 2010 entraram no sindicato 481 novos sócios e saíram só 49.



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Solução adiada !


A produção de álcool nesta safra de cana-de-açúcar, que começou em maio e deverá prolongar-se até dezembro, deverá atingir os 27 bilhões de litros, apenas 0,4% acima da produção da safra anterior. E, no entanto, o consumo cresce a mais de 5% ao ano. Ou seja, mais escassez e mais distorções estão sendo plantadas agora e serão colhidas em 2012.

Etanol20maio.jpg

Para entender o que está em jogo, é preciso avaliar melhor o comportamento do mercado do etanol. Em 2011, cerca de 70% desses 25 bilhões de litros corresponderão ao álcool hidratado, aquele que vai para os tanques de combustível sem adição à gasolina. Os outros 30% são de álcool anidro, o que vai misturado à gasolina à proporção que hoje é de 25%.

Em princípio, o volume de consumo de álcool hidratado depende dos preços. Como rende energia correspondente a apenas 70% do rendimento da gasolina, sempre que os preços do álcool ultrapassarem os 70% do preço dela o consumidor tenderá a abastecer seu carro flex não com álcool. Isso significa que os preços do álcool hidratado são regidos pelos preços da gasolina.

O problema está nos 25% de álcool anidro. Se houver escassez e os preços do álcool anidro subirem como subiram neste início do ano, será inevitável que a própria gasolina também encareça nos postos de combustíveis, pois a mistura ficou mais cara em consequência da alta do álcool. Conforme relata Marcos Jank, presidente da Unica, entidade que reúne o maior grupo de usineiros, a proposta hoje em exame é a de que as distribuidoras apenas possam comprar gasolina se já tiverem asseguradas suas disponibilidades de álcool anidro para mistura. No entanto, mesmo se essa proposta vier a ser acatada, é preciso garantir produção.

Alguém poderia dizer que bastaria que o governo mantivesse achatados os preços da gasolina no varejo para que os do álcool hidratado permanecessem relativamente baixos e garantissem, assim, o controle da inflação. No entanto, a principal causa da relativamente baixa de produção de álcool não é o eventual desvio de matéria-prima (caldo de cana) para a fábrica de açúcar, mas o estancamento da produção de cana-de-açúcar. As margens do produtor estão caindo e ele não vem sentindo interesse em ampliar sua massa verde, especialmente se a soja e o milho vêm rendendo mais.

Isso significa que uma das condições para aumento dos investimentos no plantio de cana-de-açúcar e na produção de álcool é o aumento dos preços da gasolina, para que o consumidor não troque o álcool por ela.

Ainda assim, a especialista Amarillys Romano, da Tendências Consultoria, avisa que não há providências para que esse problema seja resolvido pelo menos a longo prazo. Até 2020, argumenta, a capacidade de processamento de cana-de-açúcar deve saltar de 640 milhões de toneladas para 960 milhões de toneladas. E, no entanto, abaixo de 1,4 bilhão de toneladas, a demanda brasileira não será satisfeita sem investimentos progressivo.

CONFIRA

Enquadramento. A Securities and Exchange Commission (SEC, xerife do mercado de ações dos Estados Unidos) está empenhada em aprovar novas normas de funcionamento às agências de classificação de risco, como Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch. Mary L. Schapiro, presidente da SEC, avisou que quer ajudar investidores a “melhor entender e avaliar classificações”, aponta o ‘New York Times’.

Alvo certo. O objetivo é evitar conflitos de interesses. Para isso, o analista de determinada emissão deve ser proibido de comercializar serviços para o mesmo banco ou empresa que emitiu esse título. E todos os analistas seriam avaliados periodicamente com custos arcados pelas agências.

Nota vermelha. Desde o início da crise de 2008, essas agências são acusadas de atestar excelência a títulos considerados, pouco tempo depois, lixo tóxico. Chegaram a ser chamadas de “engrenagens essenciais da roda da destruição financeira”.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Lição de casa


Há visíveis discordâncias entre os economistas sobre como superar os problemas deixados pela crise de 2007-2009.

Ela desempregou, no plano da economia real, aproximadamente 30 milhões de cidadãos, desarticulou ainda mais a precária condição fiscal de um grande número de países, acentuou os imensos desequilíbrios (positivos e negativos) no balanço em conta-corrente de alguns deles e introduziu sérias dúvidas sobre a continuidade do uso do dólar como unidade de conta internacional. Essa confusão não é o fim, mas o começo de um novo conhecimento econômico.

É evidente que o conhecimento só avança quando é contestado pela realidade: a ciência progride sobre suas falhas. O estado de dúvida ampla, geral e irrestrita deve levar à modéstia nas recomendações ‘normativas' frequentemente extraídas de modelos elegantes, mas de discutível vinculação com a realidade. Abre-se um vasto campo de conhecimento a ser retrabalhado e explorado.

Não devemos nos desanimar ou nos enganar com essa visão quase niilista da economia. O conhecimento acumulado nos últimos 200 anos é rico de ensinamentos para a boa governança dos estados.

O fracasso do "mainstream" da macroeconomia não é o fracasso da economia, mas apenas o de uma de suas "escolas". E, mais importante, não é licença para amadorísticas aventuras experimentais.

Paradoxalmente, nunca foi tão importante como agora conservar o que sobrou da boa e velha lição que fez o sucesso do Estado indutor constitucionalmente controlado:

1º) Realizar uma política fiscal com olhos no longo prazo, com moderados déficits nominais, boa qualidade no financiamento da dívida e controle da relação dívida pública/PIB;

2º) Economizar nos gastos do governo para abrir espaço ao seu investimento;

3º) Suprir com eficiência os bens públicos que o mercado não pode produzir;

4º) Realizar uma política monetária que garanta a estabilidade do valor da moeda e do sistema financeiro e que, com o conforto da política fiscal, leve a taxa de juros real interna a igualar-se à externa;

5º) Criar os incentivos corretos para estimular os agentes econômicos;

6º) Dar liberdade bem regulada aos mercados;

7º) Não tentar violar as identidades da contabilidade nacional.

Mesmo com uma boa lição de casa, a política econômica exige arte para calibrar os instrumentos disponíveis (por exemplo, as políticas fiscal e monetária), para atingir os objetivos: uma inflação parecida com a do resto do mundo e o pleno uso dos capitais humano e físico. Por uma boa razão: as políticas fiscal e monetária não são independentes.

A "arte" é juntar pragmatismo, pertinácia e paciência.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Rede Plaza não perde tempo .

Rede Plaza não perde tempo

Piscina com raia de 25 metros nos altos do Plaza São Rafael
Piscina com raia de 25 metros nos altos do Plaza São Rafael

Algumas obras de infraestrutura, estádios e até hotéis para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 podem estar atrasadas, mas a Rede Plaza de Hotéis está fazendo seu dever de casa direitinho. Uma das novidades que será apresentada ao público nos próximos dias é uma raia de natação de 25 metros instalada na cobertura do prédio, o que, além do nado e do relaxamento, oferece uma vista única sobre Porto Alegre, o Guaíba e o famoso pôr do sol. Além da piscina, a área tem deck para repouso com hidromassagem com água mineral extraída do subsolo do próprio hotel e um fitness Center. A água, analisada pelo Departamento Nacional de Produção Mineral e pela Companhia de Recursos Minerais, tem 91,90 maches de radioatividade, temperatura de 23,3 graus, na fonte, e 20 graus no ambiente, contendo bicarbonatos, cálcio, magnésio, potássio e outros elementos químicos. Como diz Abdon Barreto, um dos diretores do Plaza, “é uma novidade que vem para mudar o Centro Histórico de Porto Alegre”.

Maquintex

Mais de 70% dos expositores da feira Tecnotêxtil Brasil 2011, que aconteceu em São Paulo entre os dias 12 e 15 de abril, já confirmaram presença no próximo evento do grupo gaúcho Fcem. A empresa, líder de mercado no segmento de feiras têxteis no País, organizará sua próxima mostra em Fortaleza (CE), levando ao Nordeste brasileiro a Maquintex, entre os dias 9 e 12 de agosto, no Centro de Convenções do Ceará.

Creci-RS

O presidente do Creci-RS, Flávio Koch, manda esclarecimento sobre o acórdão do TCU que o condenou à inabilitação por cinco anos para ocupar cargo de confiança no âmbito federal, por irregularidades na administração do Creci-RS, publicado, na coluna, dia 2. “Apresentei recurso da decisão do TCU que seguramente será apreciado pelo Plenário daquele órgão”, informa.

Prêmios na França

Pela terceira vez no ano, vinhos brasileiros são premiados na França. Depois do Concurso Chardonnay du Monde e do Concurso Vinalies Internationales, foi a vez do Concurso Challenge International du Vin. Agora já são 20 prêmios conquistados na França só este ano. Medalha de Ouro para o Salton Volpi Cabernet Sauvignon 2008, da Salton; Medalha de Prata para o Miolo Cuvée Tradition Brut 2009, da Miolo; Medalha de Bronze para o Garibaldi Espumante Moscatel – Cooperativa Garibaldi; e Salton Espumante Brut Reserva Ouro, da Salton.

Manteli

O executivo gaúcho Wilen Manteli foi reeleito presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários por mais dois anos. A entidade congrega as principais empresas que operam em portos do País (entre as quais a Petrobras e a Vale), que movimentaram 95% das 833 milhões de toneladas de cargas exportadas e importadas no ano passado. Manteli coloca em destaque, entre suas prioridades, a aceleração dos projetos de desenvolvimento e modernização dos terminais portuários, que reservam investimentos superiores a US$ 6 bilhões, travados pela burocracia federal. “Essa inexplicável demora, especialmente para um país que precisa crescer, deve-se ao recrudescimento da interferência governamental na atividade portuária”, diz Manteli.

Previdência privada

Os cenários do País e do Rio Grande do Sul para a previdência privada são muito favoráveis, disse o presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida, Marco Antonio Rossi, em reunião no Gboex, em Porto Alegre. Graças a eles, em 2010, o setor teve uma arrecadação de R$ 46 bilhões. O estado do Rio Grande do Sul respondeu por R$ 4,1 bilhões, 9% desse valor.

Hannover

As empresas gaúchas Mercobor e Frenzel, associadas ao Sinborsul, estão comemorando os resultados iniciais obtidos com sua participação na feira de Hannover, realizada em abril, na Alemanha. Foram as únicas representantes do setor de artefatos de borracha presentes no evento. “A feira mostrou ser um excelente canal de divulgação de nossa marca e produtos, consolidando-se como a porta de entrada para a captação de novos clientes internacionais”, avalia o diretor da Mercobor, Gilberto Brocco. A diretora da empresa Frenzel, Tânia Finkler, além de marcar presença na feira, também aproveitou para visitar clientes tradicionais na Europa, como a Stihl Motoserras, no Sul da Alemanha.

The Beauty

As inscrições para a sexta edição da The Beauty – Feira Nacional de Beleza e Cosméticos – já estão abertas. Profissionais e público podem conferir a programação e fazer o credenciamento para as atrações que estarão no Centro de Eventos da Fiergs, de 28 a 30 de maio, no site www.thebeauty.com.br. O evento que reuniu mais de 24 mil pessoas em 2010 projeta um crescimento de 20% no público.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O risco da falta de governança


Alexandre Povoa, presidente da Modal Asset Management e autor do livro “Valuation – como precificar ações”, é um estudioso do tema e bem-sucedido gestor de carteiras. Hoje, numa conversa por telefone, ele fez um alerta: “Se essas empresas continuarem a dar sinais de fraqueza de governança tenho medo que os investidores assumam que este desconto é justo”.
Ele se refere, principalmente, a duas estrelas da bolsa brasileira, a Petrobras e Vale, que têm um peso relevante na composição do índice Bovespa.
A vale, ele diz, é a que tem mais a perder. Prova disso é a valorização de suas ações no período por ele analisado, de agosto de 2010 até agora. Com o minério subindo 25% neste período, o desempenho das concorrentes BHP e da Rio Tinto superaram o da mineradora brasileira em 20%. Neste período, a valorização das ações da Vale foi de cerca de 25% em dólar e a das concorrentes cerca de 45%.
Em relação a inflação, ele diz, é sempre um risco. “Mas não consigo me convencer de que o Brasil está mais leniente do que o restante do mundo”, acrescenta.
Ele fez uma análise do desempemho da bolsa brasileira comparada a de outros países e diz “o desconto atual do mercado brasileiro não faz sentido”. A Bolsa de Toquio, cujo país sofreu um terrível terremoto, seguido de tsunami e acidente nuclear, superou em 3% em dólar e em 10% na moeda local o Ibovespa no período estudado por Póvoa. Para ele, “terremotos dentro das empresas, sobretudo os originados de placas tectônicas de governança corporativa trazem tsunamis de destruição de valor e perigos para o futuro das companhias até mais graves do que acidentes nucleares”.


terça-feira, 3 de maio de 2011

“Dados de localização são valiosos para futuro do Google


Dados sobre a localização de aparelhos Android e computadores com o navegador Chrome são “extremamente valiosos” para o futuro do Google, disse gerente de produtos da empresa em e-mail de 2010. O documento que remonta uma conversa entre Steve Lee e Larry Page, atual CEO do Google, foi cedido à justiça, em função de um processo movido contra o Google no ano passado, segundo a publicação The Wall Street Journal (WSJ).

Google e Apple foram convocadas recentemente para um audiência no Senado dos Estados Unidos para esclarecer pontos sobre a prática denunciada por pesquisadores de coletar dados da localização de aparelhos com seus respectivos sistemas operacionais e manterem um banco de dados com as informações, obtidas sem a necessária autorização pelo usuário.

Segundo o Google, as empresas captam informações sobre hotspots Wi-Fi, que por sua vez ajudam a determinar a localização de aparelhos celulares e computadores que estejam fazendo uso da rede. A prática resulta em uma maior eficiência para serviços de geolocalização, por ser (a técnica via hotspots) mais eficiente que a tradicional de GPS (por satélite).

“Eu não posso precisar o quão importante o banco de dados de localização Wi-Fi do Google é para o nosso Android e para a estratégia de produtos móveis”, escreveu Steve Lee. O e-mail se tornou público após a empresa Skyhook abrir processo contra o Google por interferir em suas negociações com a Motorola (que queria comprar o banco de dados de localização da Skyhook, que é pago, mas acabou usando o do Google, que é gratuito) e por violação de patente relacionada a coleta de dados.

No documento, Steve Lee ressalta a Page a importância da coleta de informações de localização por celulares Android. Isso porque, como ele diz, no início de 2010 a empresa teve que parar de obter tais dados, pois fora acusada de obter informações pessoais de redes wireless sem proteção. Na época, o Google usava os carros do Street View para a prática.

A Skyhook, empresa de 2003, acumulou um banco de dados com mais de 500 milhões de pontos Wi-Fi, diz o WSJ. No e-mail de maio do ano passado, Lee afirmava que o Google possui 300 milhões de pontos e, por eles, captava a localização de dispositivos a um alcance de 100 metros.

O Google, assim como a Apple, deve se apresentar no Senado para prestar depoimento na terça-feira, 10, deste mês.