sábado, 27 de agosto de 2011

Fogo inimigo

Mário Negromonte é a bola da vez. Na limpeza ética que dona Dilma Rousseff (PT) foi levada a fazer na sua equipe ministerial, o próximo a ser defenestrado deve ser o ministro das Cidades, do PP baiano. Negromonte assumiu a pasta sem legitimidade. Era um deputado federal que, apesar de ter ocupado a liderança de sua bancada, nunca despontou como um líder partidário. Tanto é que parte desta bancada se indispôs com o ministro e quer a sua cabeça. Chamada a opinar sobre o caso, a ministra Ideli Salvatti (PT), das Relações Institucionais, tratou de sufocar a rebelião: “O governo não vai aceitar que disputas internas nos partidos aliados interfiram na manutenção dos ministros”. Agora é tarde, ministra, Inês é morta. O que a ministra não sabe é que o “fogo inimigo” está disparando mísseis capazes de destruir a biografia de Negromonte. Municiado por gente do próprio PP, o jornal O Estado de S.Paulo, na sua edição de quarta-feira, traz uma acusação que deixou Negromonte irritadíssimo. Diz o jornal que o ministro das Cidades usou verba da Câmara, quando era deputado federal, para pagar empresa contratada para prestar serviço durante a campanha eleitoral de 2010. “Tudo legal, moral e constitucional. Tudo permitido. Não tem nada errado. Se não, eu não estaria aqui”, disse o ministro, com cara de paisagem.

CONTROLE
Há controvérsias. Ele ainda está no ministério porque as acusações que pesam sobre ele - e não são poucas - ainda não foram apuradas pelos órgãos de controle: o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União. Aí, só Deus sabe.

Palestra

José Fogaça, ex-prefeito e presidente da Fundação André Forster, foi à posse do ministro Mendes Ribeiro (PMDB), em Brasília, e trouxe a confirmação do nome do próximo palestrante do “Prato do Dia”, evento realizado sob a chancela do PMDB: será o próprio ministro da Agricultura. O “ágape” será realizado no próximo dia 1 de setembro. É esperado público de Estádio Olímpico.

Da liturgia do cargo

Na vida, todos aqueles que assumem cargos importantes na sociedade devem respeitar a liturgia do cargo. É assim na política, na economia, na cultura e no esporte. No esporte, na noite de quarta-feira, o capitão do Internacional - o zagueiro Bolívar - chutou para o alto a liturgia do cargo. Recebida a taça de campeão da Recopa, Bolívar levantou o troféu e correu em direção às torcidas organizadas. E o resto da torcida, bulhufas! Deselegante...

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