segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

O que foi, o que será

Há queixas, sim, mas, no geral, as agências do mercado gaúcho de propaganda tiveram em 2010 um bom ano. A queixa, com as exceções da regra, vai para o fato de ter sido um ano com Copa do Mundo e eleições - dois eventos que, mais do que ajudar, atrapalharam os negócios da área. A economia como um todo, no entanto, foi muito bem, o que explica o fato de a maioria das agências ter atingido, quando não superado, os objetivos propostos.

Com a ajuda da editoria do portal Coletiva.net, INTERVALO ouviu algumaa das principais lideranças do setor para ajudar nesta avaliação e projetar as expectativas para 2011. Nesta página está o resumo da ópera. Boa leitura e reflexão a todos, junto com os votos de um grande e feliz Ano Novo.

Tudo pela qualificação

A Martins + Andrade estima ter crescido 10% em 2010, abaixo dos 30% previstos. Mesmo assim, o diretor Airton Rocha ressalta como ponto positivo o fato de ter atingido a meta de investir na qualificação dos seus colaboradores, tanto com treinamentos como com incentivo para a busca de aperfeiçoamento fora da agência. Outro destaque foi o investimento em tecnologia: os setores de criação e finalização só usam PCs Macintosh. Airton afirmou que o otimismo continuará sendo uma premissa da M+A, e uma de suas grandes apostas será investir mais em pesquisa de mídia. Para tanto, adotará a ferramenta holandesa Compose, utilizada mundialmente. “Acredito que seremos a primeira agência gaúcha a fazer uso desta ferramenta”, disse Airton.

Consolidação de projetos

O ano foi marcado pela consolidação de projetos para a Dez, segundo o diretor Mauro Dorfmann. A conquista de clientes contribuiu para o crescimento de 18% em relação ao ano anterior. Houve um bom investimento na própria equipe, incluindo um novo sistema de comunicação interna. “A ferramenta é focada na adoção de novas soluções de email, agendas compartilhadas e uso de Smartphones com tecnologia Android”, revelou. A festa de final de ano foi realizada em Lagoinha, praia de Santa Catarina, sob a temática ‘Dez Paz, Dez Amor’. A meta para 2011 é buscar evolução “e colher frutos de uma gestão pró-ativa”.

Um aprendizado constante

A Matriz tinha ótimas expectativas para 2010 e, segundo o seu presidente Alberto Freitas, elas se realizaram, com a agência acusando “um crescimento acima do esperado, mas compatível com os esforços feitos para isto”. O investimento na equipe foi destaque, com a contratação de 20 colaboradores e a qualificação do quadro. Outro aspecto importante para os resultados do ano foi o cuidado que a empresa teve em atualizar-se às novas mídias. “É um processo de aprendizado para nós e para nossos clientes”, enfatizou Alberto. Para 2011, as expectativas da Matriz “são as melhores”: projeta um crescimento maior do que o do mercado publicitário, estimado em 9,5%, e a ampliação de negócios em outros setores.

Por um lugar entre os maiores

Reconhecida pela ARP como Agência do Ano, a Escala encerrou 2010 registrando um crescimento de 10%. “Começamos o ano com 20% menor que em 2009, quando não renovamos com a Renner. Por outro lado, encerramos o ano com ótimos resultados”, disse à Coletiva.net o sócio-diretor da Escala, Fernando Picoral. Segundo ele, o que poderia ser um ano ruim para a agência, acabou sendo excelente. A empresa se consolidou em São Paulo, com clientes como Rede Trel, Sonae e Bayer, e hoje conta com um total de 220 colaboradores. Para 2011, a previsão de crescimento é de 30%, mas o grande objetivo para os próximos três anos é construir o caminho para ficar entre as 20 maiores do País.

Consolidar o institucional

A Pública Comunicação encerrou 2010 com a conquista da Prefeitura de Cachoeirinha e um crescimento de 35%, e começa 2011 com a meta de expandir o mercado do marketing no segmento privado e fortalecer a atuação em organizações governamentais. “A especialidade no marketing institucional não é uma novidade, mas a especialização de uma agência nesta área é, sim, o nosso diferencial”, disse o diretor José Luiz Fuscaldo. “Em quatro anos, mais que dobramos o faturamento, e isso nos leva a crer que estamos no caminho certo ao buscar essa especialização.” Fuscaldo destacou as ações desenvolvidas para Ministério Público Estadual, Corporación Andina de Fomentos, da Venezuela (um trabalho para o projeto Portais da Cidade), Crea e Sistema Ocergs-Sescoop.

Fazer a diferença

A consolidação nos segmentos imobiliário, automobilístico e calçadista respondeu pelos bons resultados obtidos pela GlobalComm em 2010. Segundo o diretor Daniel Skrowonsky, “a agência amadureceu na sua consistência de trabalho” e cresceu em torno de 25% em relação a 2009. Um dos objetivos da empresa para 2011 é expandir para novos mercados, com esforço para ampliar para Santa Catarina e Paraná. A agência completa 10 anos no dia 5 de março. “Vamos comemorar e investir”, disse Daniel. Em 2011, a Global vai ser a diferença”.

Hora da consolidação

O diretor Zeca Honorato divide assim o ano na agência AMA: 2010 começou difícil, o segundo semestre foi melhor e o final de 2010 foi excelente. Neste cenário, a AMA cresceu 10% e o motivo da satisfação de Zeca com a empresa é a constante busca pela consolidação. Destaca, em especial, a conquista do primeiro cliente com sede fora do Rio Grande do Sul, a indústria de moda Riccieri, de Criciúma. O publicitário também ressaltou que o ano foi especialmente bom no quesito profissional, e a meta para 2011 está bem definida: será centrada na busca pelo amadurecimento em gestão.

Com foco no consumidor

Conquistar o Leão de Prata em Cannes, para o cliente Olympikus, e o Grand Prix de Platina na Semana da Comunicação, com o case para a Mumu Brancolorido são os destaques da DCS, que também comemora o crescimento de mais de 20% em 2010. O diretor-presidente Antônio D’Alessandro registrou que, no ano em que completou seu 25° aniversário, a DCS trabalhou com 120 colaboradores distribuídos nos três escritórios - Porto Alegre, Florianópolis e São Paulo - e manteve as parcerias com os grupos de marketing e comunicação, o britânico WPP e o norte americano JWT. D’Alessandro afirmou que o maior passo será dado em 2011, “quando reestruturaremos a agência com foco no consumidor, de acordo com as mudanças do mercado”.

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