Investimentos em agências do HSBC.

O banco HSBC tem ampliado seus negócios no Rio Grande do Sul nos últimos 12 meses. Ontem, na reunião-almoço Tá na Mesa, da Federasul, o presidente do HSBC Bank Brasil, Conrado Engel, informou que algumas das principais linhas de crédito cresceram em bom ritmo recentemente no Estado. Em um ano, o crédito imobiliário cresceu 25%, enquanto os produtos para comércio exterior foram ampliados em 40%, com contratos de exportação que totalizam R$ 1,1 bilhão, e o crédito rural inflou 50%. "Os negócios no Rio Grande do Sul seguem em crescimento, e os ativos no Estado já chegam a R$ 3,4 bilhões", informou.

Para ampliar a participação no mercado gaúcho, além de promover uma ofensiva comercial com novos gerentes de relacionamento, o banco aposta na ampliação de sua rede de atendimento. Está investindo R$ 13 milhões na abertura de três novas agências em Porto Alegre, Sapucaia do Sul e Venâncio Aires nos próximos dias e na reforma de 18 agências até o ano que vem.

Engel acredita que o Estado tem potencial para crescer acima de sua participação no PIB brasileiro, de 7%. A nova linha de crédito do banco de R$ 10 bilhões, voltada para pequenas e médias empresas, deverá ter 10% do valor dedicado aos gaúchos. Com a linha HSBC Empresas, que chegou ao mercado em julho, o banco quer conquistar 350 mil novos clientes no País, ampliando em 50% sua base de clientes.

O Brasil é visto pela instituição como um dos três motores do crescimento da economia global, ao lado de China e Índia. O País, onde o HSBC tem market share de 10%, corresponde a 5% dos negócios globais da companhia, e, diante das boas perspectivas de crescimento, tem recebido mais investimentos em novas agências e linhas de financiamento nos últimos anos.

Os investimentos para crescer estão pulverizados. Para pessoa jurídica, além do lançamento de novos produtos, o banco tem procurado prestar consultoria para mediar negócios com a Ásia, em especial com a China, onde abriu escritórios comerciais recentemente, os Latin America Asia Desk. Para pessoa física, a estratégia é captar tanto os clientes com maior poder de renda, nos serviços do HSBC Premiere, que já tem quase 100 agências no País, quanto as classes emergentes, em seu braço de crédito pessoal Losango.

As expectativas de negócios têm como background um cenário de crescimento no consumo interno, motivado pelos reajustes salariais, aumento da confiança de pessoas e empresas, elevação do crédito, queda da inflação e arrefecimento das taxas de juros. "Para que todo esse potencial se concretize e seja permanente, no entanto, o País precisa superar alguns desafios, como aumentar a razão investimentos/PIB de 19% para 23% e reduzir os gastos correntes do governo", condiciona Engel