segunda-feira, 28 de junho de 2010

Lojistas crescimento de 10% / Porto Alegre


Lojas reforçam estoques de artigos de inverno Câmara dos Dirigentes Lojistas de Porto Alegre projeta incremento de 10% nas vendas de produtos na estação
Adriana Lampert
A previsão de um inverno mais rigoroso anima comerciantes do segmento de cama, mesa e banho e confecções, bem como fabricantes de aquecedores e cafeteiras elétricas. As vendas registram expansão desde maio. No comércio da Capital, o setor de eletrodomésticos já registrou incremento de 20% nas vendas de aquecedores desde a primeira queda da temperatura, em meados de abril. A procura por cobertores, edredons, mantas e roupas para o frio teve uma elevação de 10%, segundo dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL/POA). “Os estoques estão preparados para o inverno, e os consumidores podem ficar tranquilos”, diz Vilson Noer, presidente da entidade.Diretor da marca Rabush, com 17 lojas em todo o Estado, Alcides Debus comemora. “Já superamos em 23% as vendas do mesmo período em 2009”, garante. “Fomos bastante otimistas no planejamento da coleção, e estamos com um bom estoque - possivelmente haverá sobra para viabilizar promoções”, adianta. Se as roupas estão tendo boa saída, o que se dirá das cobertas. Rosana Barbosa, gerente comercial da sede da Rainha das Noivas, no Centro de Porto Alegre, afirma que a procura pelos itens é grande. Mais de mil cobertores foram vendidos desde abril na loja da Andradas. Devido ao frio e promoções, a procura vai crescer, chegando aos números estimados: 2,6 mil cobertores vendidos até o final da estação.A proximidade do inverno também favoreceu as vendas de centrífugas e aquecedores, que cresceram de 30% a 40% nas regiões Sul e Sudeste. A demanda do varejo fez com que a indústria dobrasse as contratações. “O frio chegou mais tarde, então a reposição de estoques nas lojas ainda não começou. A esta altura já esperávamos que isso tivesse ocorrido”, diz Lorenzo Aneli Martins, diretor de importação da Martau, fabricante de aquecedores. Ele confirma que a produção dobrou em relação ao ano passado. “Foram 130 mil aquecedores entre produção própria e importação”, destaca, avaliando que, ao menos, a “arrancada foi muito boa”. O atacado começou em março a solicitar os produtos, movimentando os fabricantes. “A estimativa é vender a produção sem ter nenhum retorno”, avalia Martins, lembrando que a venda de aquecedor ocorre apenas após o terceiro dia seguido de frio.Além do frio, a recuperação da economia, aliada à introdução de novas classes de consumo, influencia as expectativas, avalia o gerente de produtos da marca Arno, Joaquim Alfani. Ele diz que há aumento de oferta dos produtos de linhas de bebidas quentes e de aquecedores para atender à classe C. Na Arno, a previsão de crescimento em relação a 2009 é de 10%. Os estoques foram abastecidos em abril, “mas as vendas devem se reverter para o consumidor final somente em julho e agosto”, avalia Alfani.


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