sábado, 20 de fevereiro de 2010

Alta nos juros . . . bancos americanos.

Decisão mostra confiança na recuperação da economia.
Na opinião do economista João Pedro Ribeiro, da Tendências Consultoria, a decisão do banco central americano (Fed) de elevar os juros cobrados dos bancos mostra que a instituição está mais confiante em relação à atividade econômica dos Estados Unidos. E embora o mercado tenha reagido, a medida era esperada, segundo ele, porque o presidente do banco central, Ben Bernanke, já falara sobre isso.
Em 2007, o Fed reduziu a taxa de redesconto, que estava em 6,25%, para aumentar a liquidez do sistema financeiro.

- O banco central americano tomou essa decisão porque percebe que a recuperação da economia está acontecendo a contento. E que um cenário otimista se revela. Na minha opinião, se 2009 foi o ano dos estímulos, 2010 será o das estratégias de saída.
- acrescenta Homero Guizzo, economista da LCA Consultores.
De acordo com o analista, nesse cenário de recuperação, os únicos indicadores que ainda estão na lista das exceções são os de crédito ao consumidor, pequenas e médias empresas e os de inadimplência.
A elevação da taxa em 0,25 ponto percentual, para 0,75%, não sinaliza mudanças na política monetária, segundo análise do economista-chefe do Banco Fator, José Francisco de Lima Gonçalves.

- Significa dizer: agora, estamos fora da crise de liquidez. Há mais de seis meses, nenhum banco americano vai ao redesconto, porque não tem necessidade. Então, o Fed decidiu reduzir o prazo para o pagamento desses empréstimos - de 28 para um dia - e deu início à elevação da taxa, que ainda é praticamente simbólica. O que fizeram foi começar a reverter uma situação nitidamente emergencial, criada em 2007 - afirma Gonçalves.
Para ele, a reação do mercado - de fazer projeções sobre mudanças na política monetária - é precipitada.
Ontem, o Fed elevou a taxa cobrada dos bancos para empréstimos de emergência, que estava em 0,50%; a taxa básica de juros da economia americana, no entanto, continua em um intervalo entre zero e 0,25%

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